Alagoinhas: SEMAS é caso para a Polícia Federal e Ministério Público Federal – Maurílio Fontes
A gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social, nos dois governos do ex-prefeito Paulo Cezar, é caso para a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
Não há exagero nesta afirmação. Boatos, que à medida em que o tempo passa vão se tornando fatos mais claros, merecem investigações sérias destas duas instituições do estado brasileiro.
Tangenciar a verdade, neste momento, seria referendar os malfeitos e aceitar o achincalhamento da máquina pública alagoinhense nos últimos oito anos.
Com o término dos mandatos eletivos as responsabilizações não acabam automaticamente. Se assim fosse, os políticos malfeitores viveriam em um paraíso ainda mais tranquilo do que o Brasil.
A estrada é longa, mas terá que ser trilhada.
A transformação de um programa federal, com características elogiáveis, em meio de vida não foi apenas sem-vergonhice, falta de pudor e indecência. Brincaram com as justas expectativas de milhares de famílias.
Os delegados da PF e o MPF saberão fazer os devidos enquadramentos legais.
A administração do prefeito Joaquim Neto precisa agir com mão de ferro e ser proativa no sentido de redirecionar os programas sob coordenação da Secretaria de Assistência Social, pasta que deve ficar distante da política e dos interesses dos políticos, sempre ávidos para abocanhar facilidades proporcionadas pela Prefeitura de Alagoinhas.
Não há o que esperar. É preciso agir objetivamente.
O programa Minha Casa, Minha Vida é a estrela da constelação das transgressões da Secretaria de Assistência Social, mas o Bolsa Família, praticamente esquecido por todos, inclusive pela imprensa, merece auditoria implacável.
A SEMAS terá que revirada do avesso, sem politicagem, perseguições e qualquer tipo de atitude que fuja do republicanismo que exigimos da administração Joaquim Neto.
Mas como é preciso começar a desvendar os mistérios (nada misteriosos) da secretaria, que o programa Minha Casa, Minha Vida seja, neste momento, o alvo principal.
A caixa de pandora da SEMAS terá que ser aberta para que todos os males do programa habitacional, que existem e são indiscutíveis, passem a ser de conhecimento das autoridades e da sociedade alagoinhense.
Conversa
Em meados do ano passado, após duas matérias (apenas duas) denunciando as mazelas do programa Minha Casa, Minha Vida, o então prefeito Paulo Cezar propôs uma conversa comigo e Júlio Augusto, meu parceiro no Alagoinhas Hoje.
O diálogo aconteceu no Salvador Shopping. Hiper tenso, PC pediu que parássemos de publicar as denúncias. Argumentamos que as matérias eram consistentes e que se não soubéssemos de fatos novos outras matérias não seriam veiculadas.
Ele disse uma frase emblemática: “Estas matérias podem não dar em nada, mas podem dar muita coisa”. Após a conversa, da qual PC saiu muito tranquilo, ele tranquilizou sua esposa, na época à frente da SEMAS.
Nos dias seguintes à conversa com PC, cumprindo nosso dever, o Alagoinhas Hoje publicou mais de uma dezena de matérias reforçando, com fatos novos, as denúncias sobre o programa Minha Casa, Minha Vida.
Agora, o programa é o assunto da cidade e as insatisfações latentes vão se tornando mais tangíveis com depoimentos de pessoas, que após o final do governo de PC e sem medo das retaliações, estão dispostas a sair das sombras.
Que sejam bem vindas e que a verdade prevaleça.
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