BATE PRONTO 54

Mais uma coluna à disposição dos leitores do Alagoinhas Hoje que retrata os bastidores da política alagoinhense, sempre em ebulição numa cidade que gosta de conhecer e discutir os detalhes das ações daqueles que exercem funções eletivas ou transitam no espaço público.  A Coluna Bate Pronto é a única publicada em veículos de comunicação da cidade a tratar dos bastidores da política local. Até a próxima coluna.

Ausentes I

Representantes das Forças Empresarias – Associação Comercial e Industrial, Câmara de Dirigentes Lojistas e Sindicato do Comércio – de Alagoinhas não participaram do evento de assinatura do Termo de Compromisso entre o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e Prefeitura de Alagoinhas, que é uma das etapas para a implantação do curso de Medicina, e da inauguração da Central de Embalagens na última sexta-feira. O curso e a nova empresa representam progresso para a cidade, mas parece que as Forças Empresariais não pensam assim, pois seus dirigentes não compareceram aos dois eventos.

Ausentes II

Vereadores de Alagoinhas, regiamente remunerados com recursos dos contribuintes, aparecem pouco em eventos importantes para a cidade, a exemplo dos dois citados na nota anterior. Quase sempre, menos da metade dos 17 respeitados edis marca presença em atos importantes para o desenvolvimento de Alagoinhas.

Ausentes III

Também são raras as presenças de todos os secretários da Prefeitura de Alagoinhas, mesmo em eventos que podem ser explorados (no bom sentido) politicamente pelo prefeito Paulo Cezar como ações da administração municipal. Alguns estão necessitando de um freio de arrumação, porque, aparentemente, desejam apenas os bônus dos cargos de confiança e não suas obrigações.

Convivência I

O prefeito de Alagoinhas, Paulo Cezar (PDT), e o deputado estadual Joseildo Ramos (PT), reeleito para seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, precisam encontrar um ponto de equilíbrio para a convivência política que resulte em benefícios à cidade, que é maior do que ambos e não pode pagar a fatura das disputas entre os dois líderes. Mas quem conversa com os dois políticos tem quase uma certeza: dificilmente isso acontecerá e que os embates continuarão, apesar da convergência eleitoral momentânea – apoios a Rui Costa e Dilma Rousseff – dos grupos petista e cezista.

Convivência II

Joseildo negou ao editor do Alagoinhas Hoje a possibilidade de usar o mandato e a amizade com o deputado federal Rui Costa (PT), governador eleito da Bahia, para boicotar projetos de interesse da cidade e do prefeito Paulo Cezar. Assessores do alcaide, sob condição de anonimato, afirmam que têm absoluta certeza que Joseildo trabalhará nos bastidores para prejudicar ações da administração municipal que dependam da participação, aval e apoio do futuro governo baiano. 

Esperança

Correligionários e amigos do deputado federal Luiz Argôlo (SD), apesar da derrota eleitoral e do tsunami que o atingiu, ainda acreditam que ele assumirá o segundo mandato, em manobra que teria padrinhos de alto coturno na Bahia e na capital federal. Operação (com a desculpa pela terminologia) de alto risco. As delações premiadas de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef podem barrar a pretensão de Argôlo continuar na política. Mas a esperança é mantida entre os aliados do deputado. O mais provável, como determina a prudência, é Luiz ser abandonado ao final do mandato.

Eleição I

Nos bastidores está fervilhando a disputa pela presidência da Câmara de Vereadores. Ex-presidente do legislativo alagoinhense, o vereador Roberto Torres (SD) é tido como favorito e teria o apoio da maioria de seus pares. O atual presidente, vereador Jorge Mendes (PROS), tentou entabular negociações para renovar seu mandato no comando da Casa, mas foi rechaçado de pronto em função da grande insatisfação com sua forma de administrar, que relegou a último plano os interesses dos vereadores.

Eleição II

O grupo do deputado federal eleito Paulo Azi (DEM) resiste ao nome de Roberto Torres (SD), que mesmo sendo seu aliado, não contou no início da atual legislatura(2013) com apoio dos vereadores que seguem a orientação política de Azi. Naquela oportunidade, Azi trabalhou para a eleição de Jorge Mendes (PROS), que rompeu com ele na eleição passada e apoiou a candidatura de João Gualberto (PSDB), eleito para a Câmara dos Deputados. Torres também rompeu com Paulo Azi, saiu do DEM, se abrigou no Solidariedade e votou em Luiz Argôlo. 

Eleição III

Um grupo de vereadores tenta viabilizar a candidatura de outro nome para o bate chapa com Roberto Torres, mas a margem de manobra está ficando cada vez mais difícil. Torres contaria com o apoio do prefeito Paulo Cezar, que embora não se pronuncie sobre a eleição, “em respeito a um poder independente”, estaria trabalhando para a sua vitória.

Eleição IV

O futuro presidente da Câmara de Vereadores de Alagoinhas administrará orçamento anual de quase R$ 10 milhões e em 2016 estará em condições privilegiadas para conduzir sua reeleição à legislatura seguinte (2017/2020) ou alçar voos mais altos na política local. De outro lado, o presidente poderá facilitar ou dificultar as coisas para a administração municipal em votações importantes. Ou seja, terá muito poder em momentos de definições eleitorais. 

 

 

 

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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