BATE PRONTO 52

Depois de um longo tempo, a coluna está de volta com informações de bastidores da política de Alagoinhas, em um momento que o processo eleitoral, pela proximidade do dia 5 de Outubro, chama maior atenção dos eleitores (e leitores) do município. Mais uma vez, os dois principais grupos políticos se defrontam, mas agora com candidaturas oposicionistas, que se distanciaram de ambos, indicando  possíveis desdobramentos em 2016. Boa leitura e até a próxima coluna.

Eleição I

Gente ligada ao governo municipal prevê, com base não se sabe ao certo em quais informações, a não eleição do deputado Joseildo Ramos (PT). Especulam que ele não terá nem 15 mil votos em 5 de Outubro no município de Alagoinhas, que em 2010 garantiu-lhe mais da metade dos 55 mil obtidos em sua primeira eleição à Assembleia Legislativa.

Eleição II

De outro lado, correligionários de Joseildo Ramos (PT) acreditam que ele superará os 60 mil votos em função da maior capilaridade de sua campanha, que conta com apoio de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, ex-vereadores e segmentos da sociedade civil, incluindo muitos jovens que esperam a implantação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia (UFNB), luta capitaneada pelo parlamentar alagoinhense em seu primeiro mandato. O staff de Joseildo não dá nenhuma dica sobre suas possibilidades eleitorais.

Eleição III

João Rabelo (PTdoB), apesar das dificuldades iniciais da campanha à Assembleia Legislativa, está otimista e confiante em sua eleição, por conta do apoio do prefeito Paulo Cezar (PDT), considerado um grande eleitor, e dos apoios costurados em diversos municípios da região de Alagoinhas e em algumas cidades distantes. Dentro do grupo, a despeito do otimismo generalizado, comenta-se que João Rabelo precisa ser mais proativo e não ficar esperando apenas pelas ações do prefeito.

Eleição IV

Candidato à Assembleia Legislativa, Gustavo Carmo (PMDB), sem estrutura maior de campanha, está gastando sola de sapato em suas andanças pelos bairros de Alagoinhas. Sua movimentação está praticamente circunscrita ao município, aumentando seu nível de conhecimento. A depender da votação obtida e da eleição estadual, Gustavo será um das peças do tabuleiro sucessório de 2016. Sem padrinhos fortes, ele não tem nada a perder. Muito pelo contrário. Mas tudo isso se não decepcionar nas urnas.

Eleição V

O deputado estadual Paulo Azi (DEM), candidato à Câmara dos Deputados, é um dos que se encontra em posição mais cômoda: apoiado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, fechado com seu partido em Camaçari, em dobradinha com o vereador Elinaldo Araújo (DEM), que segundo especulações, emergirá das urnas como um dos campeões de votos no município sede do Pólo Petroquímico, tendo Azi como um dos beneficiários. Além disso, ele está fazendo campanha em mais de uma centena de municípios.

Eleição VI

Dos outros candidatos pouco se sabe. Além de não terem assessoria de comunicação, eles não mantêm contato com o Alagoinhas Hoje e, possivelmente, com a imprensa da cidade, a não ser em entrevistas esparsas concedidas dentro (nem tanto) dos parâmetros legais. Alguns, quanto mais falam, menos dizem. Sofrem de um certo “everaldismo”.

Operação 13 de Maio I

Quem teve acesso ao inquérito da Operação 13 de Maio, sob a responsabilidade da Polícia Federal, afirma que muita gente estará enrolada pelos próximos anos. A triangulação entre empresas de Alagoinhas passa de R$ 1 milhão, em negócios pouco explicáveis, a não ser pelo laranjal plantado na outrora terra das laranjas, que, diga-se de passagem, eram muito doces e abundantes. Mas o negócio se transformou em limão e vai azedar para os “empresários”.

Operação 13 de Maio II

Os envolvidos mais notórios continuam com as contas bancárias e bens bloqueados pela Justiça Federal. Quem acha que não vai dar em nada, segundo uma fonte do Alagoinhas Hoje que leu parte do material, está redondamente enganado. As mais de 1.300 páginas do inquérito são nitroglicerina pura.

Operação 13 de Maio III

Um ex-prefeito de cidade da região de Alagoinhas está com água batendo no pescoço e sem muita alternativa para respirar a longo prazo. As provas seriam cabais e não deixariam margem para seu defensor manobrar. Dinheiro fácil demais acaba gerando graves problemas para os “sabidos”. O nó da forca da Justiça Federal, uma hora ou outra, será apertado.

Operação 13 de Maio IV

Vai sobrar também para um prefeito no exercício de segundo mandato, que no dia 13 de Maio, passou incólume. Provas o ligariam de maneira insofismável ao esquema de desvio de recursos federais em pequenas prefeituras do interior do estado.

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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