Sob pressão, Temer avalia entregar Integração Nacional ao PMDB

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Sob pressão do PMDB do Senado, o vice-presidente Michel Temer avalia mudar a configuração inicial de sua equipe ministerial e entregar ao partido o comando do Ministério da Integração Nacional, que havia sido oferecido inicialmente ao PSB.

Na véspera da análise em plenário da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente recebeu sinalizações de senadores peemedebistas de que eles preferem indicar um nome para esta pasta e não mais para Minas e Energia, que era o ministério ocupado por um senador da sigla no governo petista.

Diante dessa mudança, o grupo de Temer avalia agora em que pasta poderá acomodar o PSB, que já havia aceitado o convite para assumir o ministério, com a nomeação do líder da sigla na Câmara dos Deputados, Fernando Coelho Filho (PE).

Nesta quarta-feira (11), o comando nacional da legenda decidiu que não apoiará nem fará oposição a um eventual governo do PMDB caso a presidente seja afastada do cargo temporariamente.

Com a possibilidade de assumir a Presidência interinamente nesta quinta-feira (12), Temer ainda encontra dificuldades em concluir a configuração danova equipe ministerial.

Diante da pressão pública contra o convite para que o bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira (PRB) chefiasse o Ministério da Ciência e Tecnologia, que será agora anexado a Comunicações, o vice-presidente decidiu entregar Turismo ao partido.

Com a mudança, Temer avalia agora onde irá acomodar o aliado Henrique Eduardo Alves (PMDB), cotado inicialmente para a pasta. Uma possibilidade é a chefia do Ministério de Minas e Energia, que havia sido oferecido ao grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A pasta também pode ser entregue ao PRB.

Outra dificuldade tem sido encontrar um nome para Esporte. A intenção é nomear um nome da bancada carioca do PMDB na Câmara dos Deputados. O líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), contudo, tem resistido a aceitar o convite.

Temer acertou ainda que o Ministério das Relações Exteriores, que será ocupado pelo senador José Serra (PSDB-SP), vai passar a comandar a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), uma forma de dar ao tucano instrumentos para exercer papel importante na promoção comercial do país.

No caso do Banco Central, o vice-presidente e Henrique Meirelles, futuro ministro da Fazenda, devem deixar a indicação do futuro presidente do órgão para junho, após a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O nome mais forte, até agora, é o do economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn.

Fonte: Folha de São Paulo

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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