Segurança nacional será crítica se recursos não forem liberados, diz Jungmann

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta quinta-feira (10) que a situação da segurança nacional em setembro é “crítica”, caso os recursos da área não sejam descontingenciados pelo governo. O ministro lembrou que para agosto houve uma liberação emergencial de recursos e , por isso, a pasta da Defesa ainda não teve as atividades afetadas. “Nas Forças Armadas tivemos liberação emergencial para cobrir o mês de agosto, mas o mês de setembro é crítico. Precisamos, de fato, que haja descondicionamento. A promessa da equipe econômica é resolver até setembro, se não chegarem novos recursos, teremos problemas”, adiantou.

Rio de Janeiro

Sobre a crise de segurança no Rio de Janeiro, o ministro disse que a situação no momento é de “entressafra”. “Não estamos parados, muito pelo contrário, estamos fazendo operações de inteligência. Muito em breve, como sempre digo, teremos uma sucessão de novas ações.”

Jungmann disse que está em conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para que “no mais breve prazo possível o país tenha uma agenda legislativa que vise produzir ou aperfeiçoar leis para reduzir a criminalidade não só no Rio de Janeiro, mas também em todo Brasil”. Nesse sentido ministro destacou, por exemplo, a necessidade de uma legislação que agrave as penas para quem for pego portando ou armazenando fuzis. “Um dos grandes problemas do Rio de Janeiro é a letalidade dos fuzis. Não é possível que o Rio continue convivendo com essa grande quantidade de armas e que o crime organizado disponha desse poder de fogo.”

Segundo o ministro há vários projetos em tramitação no Congresso a esse respeito. “Temos que apostar no melhor ou em substuitivo geral. Isso não resolve tudo, o que resolve é inteligência”, ressaltou. Outra medida que considera indispensável é a manutenção da Operação Rio de Paz até o p úlimo dia do governo Temer.

Congresso Nacional

Perguntado sobre de que maneira o Congresso, que elegeu a segurança como uma das prioridades para o segundo semestre, poderia contribuir para melhores resultados, o ministro disse que em dois campos: no orçamento e na harmonização de legislação de fronteiras.

Haiti

Raul Jungmann se reuniu com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira e da Câmara, Rodrigo Maia para convidá-los a ir ao Haiti no dia 31 de agosto, quando será encerrada a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). Comandada por 13 anos pelo Brasil a missão teve a participação de 36 mil militares. “ O Brasil teve um extraordinário sucesso, um reconhecimento mundial que deixa um Haiti estabilizado, democratico e , portanto, com sua missão cumprida”, concluiu ressaltando que a  Organização das Nações Unidas tem cerca de 10 novas solicitações para que o Brasil comande outras missões. A próxima deve ocorrer em 2019.

 

Fonte: Agência Brasil

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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