Radiovaldo Costa tem poucas chances de ser candidato do PT à Prefeitura de Alagoinhas

Às vésperas de uma decisão importante para o Partido dos Trabalhadores de Alagoinhas, que acontecerá no domingo, o clima na legenda é tenso por diversas razões: alguns discordam do excesso de democracia implantado pelo presidente Edinaldo Oliveira; outros se contrapõem ao processo inteiro, alegando que em nenhuma outra cidade da Bahia está ocorrendo este tipo de condução política, considerada “fora do tempo em razão das dificuldades nacionais do partido”; uma corrente, sob anonimato, alega que o presidente municipal “vendeu” para a sociedade a certeza de que a decisão do diretório local seria definitiva, sem levar em conta as questões estratégicas estaduais. 

A votação dos filiados ocorrida no último domingo permanece secreta e a urna só será aberta no dia 25, quando o diretório municipal, composto de 25 membros, decidirá o nome do candidato petista à Prefeitura de Alagoinhas.

Tudo indica que o vereador Luciano Sérgio alcançará a vitória na votação e terá a maioria do diretório, sendo confirmado candidato do PT à disputa majoritária.

Bem posicionado em duas pesquisas publicadas e em outras realizadas para consumo interno de diversos grupos políticos, o vereador Radiovaldo Costa tem poucas chances de ser candidato do PT.

Sua performance nas redes sociais, a constante presença na mídia radiofônica, a oposição que faz ao governo Paulo Cezar desde 2009, a vinculação e defesa de várias categorias profissionais, a proximidade com movimentos sociais e o capital eleitoral que adquiriu nos últimos anos não deverão ser levados em consideração pelo diretório se o clima de discórdia existente na legenda nesta sexta-feira permanecer até domingo.

As chances de reverter o quadro desfavorável ao vereador são pequenas e sua pretensão será barrada pelo diretório municipal, composto por muita gente que nunca disputou sequer uma eleição e só tem mesmo seu voto.

Meros burocratas, com pensamentos bovinos, decidindo o destino do PT de Alagoinhas. A escolha é livre, mas que seja feita de forma transparente, sem métodos lacerdistas (alguns precisam estudar mais a história política do Brasil) e nem raiva além da conta de parte da imprensa que joga luz sobre as sombras.

Um lembrete: o editor do Alagoinhas Hoje adora colecionar velhos inimigos e fazer novos contendores, principalmente quando a publicação da verdade é o mote justificador das caras enfezadas.