Exposição Comemorativa dos 40 anos do Movimento Cultural homenageia artistas da terra

Artistas plásticos, poetas, músicos, intelectuais, produtores. Alagoinhas projetou, a nível nacional, muitos representantes que falam da cidade e reverberam, em outros estados e países, um pouco da história, da cultura e da singularidade do interior baiano.

Pessoas que participaram do desenvolvimento da região, que viram de perto a chegada dos trilhos do trem, com a Estação São Francisco, e acompanharam o surgimento de iniciativas, projetos, proposições, empreendimentos.

São cenas desse desenvolvimento, das ruas, prédios, pessoas, que compõem as fotografias, recortes e documentos da Exposição Comemorativa dos 40 anos do Movimento Cultural de Alagoinhas, realizada na Praça Conselheiro Rui Barbosa.

A mostra aberta ao público conta com apoio do Centro de Documento e Memória de Alagoinhas e a abertura oficial do evento, nesta segunda-feira (17), reuniu representantes da esfera pública, comunidade e precursores do Movimento Cultural de Alagoinhas para um concerto do maestro Alcides Lisboa.

De volta à terra natal, no palco da praça, o maestro, pianista, membro da Academia de Cultura da Bahia, rememorou sinfonias clássicas e apresentou, ao público de Alagoinhas, as influências que trouxe da Suécia, da Alemanha, dos EUA e da Argentina, sem deixar de fora as sempre lembradas músicas da bossa nova, com trechos de Tom Jobim. “Foi aqui que tudo nasceu. Meu primeiro recital, na vida, foi na Faculdade de Formação de Professores de Alagoinhas, aqui na frente, onde hoje fica Biblioteca Pública Municipal Maria Feijó. A primeira oportunidade, que me deu um palco, foi a Semana de Cultura, aqui em Alagoinhas. Nós fizemos história”, revelou.

Após o recital, subiram ao palco os “Poetas do Povo”, que fizeram uma releitura das noites alagoinhenses da década de 80, e convidaram o maestro para uma apresentação conjunta.

Os músicos que participaram da Virada Cultural de Alagoinhas, no último final de semana, subiram pela 2ª vez ao palco para dar voz, ritmo, vida e melodia a canções que fazem parte da cultura regional.

Quem passou pela praça, nesta segunda-feira, teve a oportunidade de acompanhar as interpretações e de visitar o espaço.

“Em 2008, eu trabalhei reunindo dados que eu tinha guardados e organizei uma exposição dos 30 anos do Movimento Cultural, aproveitando cartazes, fotografias, em uma Exposição na Faculdade. Esse material ficou sob responsabilidade da FIGAM. Durante esses 10 anos, os arquivos ficaram guardados. Então acrescentamos as novas ações e reunimos todo esse material para esta exposição aberta à comunidade. Aqui, neste espaço, você tem uma história viva à disposição de quem não conheceu e quem participou tem a oportunidade de rememorar”, pontuou professora Iraci Gama, secretária de Cultura, vice-prefeita do município e representante ativa da luta pela preservação do patrimônio histórico.

A Exposição Comemorativa dos 40 anos do Movimento Cultural de Alagoinhas – que demarca também os 30 anos de atividades da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo no município – permanece na praça pública até 21 de dezembro e chama a atenção da comunidade para a importância dos resquícios históricos e da memória para a formação da identidade e a preservação da cultura local.

A mostra acontece paralelamente à apresentação dos corais da cidade, que também ocuparão o espaço durante os dias 18, 19, 20 e 21 deste mês, das 18h30 às 19h30, como parte do projeto “Janelas Cantantes”, iniciado em 2017 no prédio da Prefeitura Municipal.

A realização é da Administração Pública Municipal, através da SECET, com apoio do Fundo Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura.

Fonte: SECOM PMA

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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