BATE PRONTO 146

A campanha política começou na semana passada, mas falta pouco tempo para terminar, principalmente para quem disputa eleições ao legislativo, definidas no dia 2 de outubro. Portanto, é preciso colocar as engrenagens  a todo vapor, com inteligência, estratégia, otimização de recursos, mobilização e foco em propostas que consigam convencer os eleitores.

Força I

O lançamento da candidatura de Ludmilla Fiscina (PV) na última quinta-feira (18) demonstrou que, mesmo estreando na disputa eleitoral, a primeira dama de Alagoinhas conseguiu mobilizar segmentos que buscam um nome novo para representar o município e cidades da microrregião na Assembleia Legislativa. A campanha, no entanto, não está restrita às cidades mais próximas de Alagoinhas.

Força II

Político experiente e calejado nas disputas eleitorais, com vitórias e derrotas, que ensinam muito, o deputado federal Joseildo Ramos (PT) saiu fortalecido do evento de lançamento de sua candidatura. Velhos companheiros estiveram na AABB na manhã chuvosa de ontem (21). Um fato mostrou a força da candidatura do ex-prefeito de Alagoinhas: o rejuvenescimento de seus eleitores, o que agrega novas energias à campanha do petista.

Força III

O ex-vereador Radiovaldo Costa (PT), candidato ao parlamento estadual, seguramente é o político que mais concedeu entrevistas radiofônicas e televisivas no decorrer da pré-campanha. Só deve ter perdido para o governador Rui Costa. E olhe lá.  Com grande capacidade de comunicação verbal, o que ajuda bastante, Radiovaldo conseguiu ampliar sua base de apoio, se comparada com a eleição de 2018, e é tido como um dos possíveis eleitos na federação partidária composta por PT, PV e PCdoB.

Força IV?

A candidatura do ex-prefeito Paulo Cezar é uma incógnita: enfrenta problemas na justiça para registrar seu nome dentre os postulantes à Assembleia Legislativa; perdeu apoiadores importantes que migraram para a candidatura de Ludmilla Fiscina; está restrita a um número de municípios menor do que deveria, mesmo com o apoio fundamental do deputado federal Paulo Azi (UB), que faz dobradinha com o ex-prefeito em municípios da microrregião de Alagoinhas. Otimista, Paulo Cezar afirma que se elegerá para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa. “O partido é bom”, entoa o bordão.

Contas

Fazer contas é uma necessidade em campanhas políticas. Joseildo, para renovar o mandato com certa tranquilidade, precisará ultrapassar a barreira de 100 mil votos. Se Alagoinhas lhe der um quinto deste quantitattivo (ou mais) ajudará muito na sua reeleição. Ludmilla Fiscina, por estar em federação partidária que tem vários detentores de mandatos na Assembleia Legislativa, precisará de 60 mil votos. Alagoinhas também terá papel fundamental no sucesso de sua primeira campanha. Radiovaldo, que compõe a mesma federação de Ludmilla, também não pode pensar em menos de 60 mil votos. Paulo Cezar é o que precisará de menos votos para se eleger. No Solidariedade, segundo cálculos do ex-prefeito, há possibilidade de garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa com menos de 35 mil votos.

Justiça Eleitoral

Na quinta-feira (25), a partir das 9 horas, na Câmara de Vereadores, a Justiça Eleitoral da 163ª Zona realiza palestra sobre o processo eleitoral eletrônico de votação e sua segurança. Temas importantes em tempos de fake news.

2024 é logo ali I

As candidaturas de Joseildo Ramos e Paulo Azi à Câmara dos Deputados e de Ludmilla Fiscina (PV), Radiovaldo Costa (PT) e Paulo Cezar (SD) à Assembleia Legislativa antecipam alguns cenários do xadrez  eleitoral de 2024. A exemplo do que aconteceu em 2020, os grupos do prefeito Joaquim Neto e dos deputados federais Joseildo Ramos e Paulo Azi apresentarão candidato ao Paço Municipal. Por ser esposa do prefeito Joaquim Neto, Ludmilla não poderá ser candidata. O PV, PT e PC do B, que compõem a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), só poderão apresentar uma candidata ou um candidato.

2024 é logo ali II

Muita gente que aposta na vitória de ACM Neto afirma que sua ascensão ao governo do estado reconfigurará a política municipal e os cenários para 2024. Há controvérsias. Com a vitória de seu grupo político, Paulo Azi pretenderia disputar a prefeitura com apoio de Paulo Cezar. Com mandato ou sem mandato, o ex-prefeito não seria candidato pela sexta vez. A fadiga de material poderá corroer as chances de Paulo Cezar voltar a dirigir Alagoinhas.

2024 é logo ali III

No grupo do prefeito Joaquim Neto sobram pré-candidatos, declarados ou não, mas com pretensões eleitorais: Gustavo Carmo, secretário de Educação, Maria das Graças (Gal), secretária de Infraestrutura, Roberto Torres, vice-prefeito e secretário de Serviços Públicos, Cleto da Banana, presidente da Câmara de Vereadores. Nos últimos dias um novo possível pretendente apareceu: Raimundo Queiroz, chefe de Gabinete e secretário interino de Governo. O grande desafio do prefeito será escolher um nome ou definir critérios para a escolha sem rachar o grupo.

2024 é logo ali IV

Se eleito no dia 2 de outubro, Radiovaldo Costa não será candidato em 2024. Não por exclusão, mas pelo mandato que vem exercendo, o nome da vereadora Juci Cardoso (PCdoB) poderá ser considerado como alternativa para a disputa do Executivo. O desempenho no parlamento e sua história de vida a habilitam a alçar voos mais altos na política alagoinhense.

2024 é logo ali V

A renovação na (e da) política se impõe. No grupo do deputado federal Paulo Azi (UB) os nomes dos vereadores Jaldice Nunes e Luciano Almeida poderão compor chapa majoritária. O professor Fabricio Faro é outro nome, mas é prudente que não seja mais candidato a vice. A posição de um excluirá os outros dois. Chapa puro sangue não ganha eleição.

 

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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