BATE PRONTO 104
Faltam exatamente 121 dias para 2 de outubro, quando os cidadãos alagoinhenses decidirão quem vai governar o município entre 1º de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2020. O futuro de Alagoinhas não é algo desprezível, muito pelo contrário, e deve mobilizar aqueles que desejam serviços públicos de qualidade e administradores competentes, que pensem prioritariamente nos interesses coletivos. Até a próxima coluna.
Amadorismo I
A pré-campanha transcorre em Alagoinhas com tons de amadorismo e sem que os futuros candidatos tenham estruturado minimamente suas equipes de marketing e comunicação. A principal alegação é a falta de recursos em razão da legislação eleitoral que não permite doações de empresas. O argumento, de certa forma, procede, mas também camufla o amadorismo dos principais pré-candidatos.
Amadorismo II
Em cidades menores e sem a importância de Alagoinhas estão sendo realizados grupos focais para levantar as demandas dos eleitores. O método é originário dos Estados Unidos e faz parte das ações implementadas por consultores políticos experimentados há muito tempo. Em Alagoinhas, no entanto, não há notícia de que algum candidato tenha contratado este tipo de pesquisa qualitativa.
Amadorismo III
Alagoinhas possui vários veículos de comunicação – emissoras de rádio, jornais e sites -, mas os principais pré-candidatos ainda não contrataram profissionais de comunicação para cuidar da assessoria de imprensa. A única exceção é o deputado Joseildo Ramos (PT), que conta com a estrutura de seu gabinete. Certamente, apesar das desculpas financeiras, existem um argumento até aceitável: Alagoinhas não tem bons jornalistas na área política. Neste segmento, não basta ser jornalista. É preciso dominar as especificidades da disputa e das campanhas eleitorais.
Releases
O Alagoinhas Hoje publicará releases das assessorias dos pré-candidatos, de todos, sem exceção. Os textos, no entanto, não devem ser meramente laudatórios (elogiosos) ao assessorado, algo indevido no jornalismo. Bastam que sejam informativos e descrevam, sem adjetivações, as atividades dos postulantes ao Executivo. Bons textos nada têm a ver com tamanho e confetes.
Nova empresa
O prefeito Paulo Cezar está confiante e aguarda com expectativa o anúncio da instalação de uma nova empresa em Alagoinhas. A unidade deverá ser erguida em terreno de aproximadamente 100 mil metros quadrados. Se confirmada, a vinda da empresa será uma boa notícia em tempos de vacas magras e de economia raquítica. Com um componente eleitoral que o prefeito tentará agregar à imagem de sua preferida.
Cardápio indigesto
Aparentemente, o cardápio eleitoral servido aos cidadãos de Alagoinhas está proporcionando azia. Além de outros desarranjos estomacais e intestinais. É grande o número de indecisos neste início junho, quando faltam quatro meses para 2 de outubro. Ainda dá tempo para rever estratégias e profissionalizar as campanhas. Senão, o choro será previsível e a decepção poderá fragilizar muita gente que espera sucesso no pleito municipal.
Mudança?
O prefeito de Aramari, José Carlos Alves Nascimento, estaria aventando a possibilidade de retirar Marcos Barbosa, ex-secretário municipal de Saúde, da cabeça da chapa que disputará a prefeitura. A performance do pré-candidato situacionista não agradaria o grupo do prefeito. Há tempo para continuar com Barbosa, assim como existe possibilidade de mudança, se os números das próximas pesquisas não forem favoráveis.
Presidente
Um vereador já estaria mirando a presidência do legislativo municipal. Antes, será preciso passar pelas urnas, que podem surpreendê-lo. Para chegar ao comando da Câmara de Vereadores, o parlamentar, bastante ladino, também precisará contar com a vitória de sua correligionária. Em outro cenário, sua ascensão ao cargo máximo do legislativo se tornará bastante improvável.
PCdoB
Os “comunistas” do PCdoB caminham na direção da candidatura do deputado Joseildo Ramos (PT). Muitos já dão como certa a aliança, que repetirá coligação PT/PCdoB formalizada em 2000, 2004 e 2012. Em 2008, as duas siglas apresentaram candidaturas majoritárias e viabilizaram a eleição do prefeito Paulo Cezar.
Sonho
O engenheiro civil Filadelfo Neto sonha em conquistar a Prefeitura de Alagoinhas. Candidato pela primeira vez em 1976, por uma das sublegendas da Arena, “Delfinho” é um incorrigível otimista e acredita que a eleição de 2016 “é a melhor chance para ganhar a disputa”. O que seria do mundo se não fossem os otimistas? A política, contudo, exige certas doses de racionalidade e pragmatismo, itens que não compõem a personalidade do ex-deputado.
Coelhos
O prefeito Paulo Cezar, patrono da candidatura da ex-secretária Sônia Fontes, precisará tirar muitos coelhos da cartola para viabilizar sua pupila. Não será fácil, apesar do otimismo do alcaide. Alguns adversários afirmaram em off ao editor do Alagoinhas Hoje que acreditam na força do prefeito e, portanto, na possibilidade real de Sônia Fontes disputar a eleição com chances de vitória.
Rejeições
Rejeições em índices elevados inviabilizam o crescimento de candidaturas majoritárias. Colocar as barbas de molho não faz mal a ninguém. Intenções de votos não podem ser avaliadas sem confrontá-las com as rejeições.