Setor ceramista amplia produção no Nordeste

Para atender o mercado local e de olho em insumos necessários para a fabricação de revestimentos cerâmicos, como gás natural e argila, indústrias do setor investem na produção no Nordeste.

O grupo sergipano Escurial vai implantar duas novas linhas de pisos e azulejos em sua unidade de Nossa Senhora do Socorro, na região metropolitana de Aracaju.

Com um investimento de R$ 70 milhões, a expansão vai mais que dobrar a capacidade da empresa, hoje em cerca de 1 milhão de metros quadrados por mês.

“Ainda existe uma demanda reprimida no Nordeste. Hoje, do total de revestimentos cerâmicos consumidos na região, cerca de 20% precisam ser trazidos do Sul e do Sudeste”, diz Celso Hiroshi Hayasi, presidente do grupo.

“Como é um material pesado, esse transporte encarece o frete e, consequentemente, o preço do produto”, afirma.

Além de aumentar o volume produzido, o aporte também vai permitir a inclusão de novos formatos de pisos.

A companhia atende principalmente o varejo, com produtos destinados aos segmentos B e C. Na venda para construtoras, a maior parte vai para empreendimentos imobiliários populares.

“Mesmo com o cenário [de desaceleração da economia], o Nordeste ainda tem crescido um pouco acima da média do país”, afirma Hayasi.

No Rio Grande do Norte, outras duas ceramistas planejam fábricas –uma delas do grupo Elizabeth, com aporte de R$ 250 milhões.

A catarinense Portobello, por sua vez, constrói uma planta de R$ 210 milhões em Marechal Deodoro (AL).

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Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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