Retração econômica não é normal, mas uma fase de transição, diz Barbosa em Davos

epa05112581 (L-R) Andrew R. Sorkin, Columnist, New York Times, Paul Kagame, President of the Republic of Rwanda, Satya Nadella, Chief Executive Officer, Microsoft Corporation, Sheryl Sandberg, Chief Operating Officer, Facebook, Anand Mahindra, Chairman and Managing Director, Mahindra & Mahindra, Zachary Bookman, Chief Executive Officer, OpenGov Inc, attend a panel session on the first day of the 46th Annual Meeting of the World Economic Forum, WEF, in Davos, Switzerland, 20 January 2016. The overarching theme of the meeting, which will take place from 20 to 23 January, is 'Mastering the Fourth Industrial Revolution'. EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT
epa05112581 (L-R) Andrew R. Sorkin, Columnist, New York Times, Paul Kagame, President of the Republic of Rwanda, Satya Nadella, Chief Executive Officer, Microsoft Corporation, Sheryl Sandberg, Chief Operating Officer, Facebook, Anand Mahindra, Chairman and Managing Director, Mahindra & Mahindra, Zachary Bookman, Chief Executive Officer, OpenGov Inc, attend a panel session on the first day of the 46th Annual Meeting of the World Economic Forum, WEF, in Davos, Switzerland, 20 January 2016. The overarching theme of the meeting, which will take place from 20 to 23 January, is ‘Mastering the Fourth Industrial Revolution’. EPA/JEAN-CHRISTOPHE BOTT

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse hoje (21) que a retração econômica não é normal, mas “uma fase de transição para o Brasil”. Ele participou de um painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sobre a retomada do crescimento global. Com o novo cenário internacional de queda no preço das commodities, o país está se adaptando a essa realidade, segundo o ministro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a projeção de queda da economia brasileira este ano. A estimativa para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 1% para 3,5%. De acordo com o FMI, 2016 será o segundo ano consecutivo de queda da economia. Em 2015, de acordo com o fundo, houve retração de 3,8%. Em 2017, a expectativa é de estabilidade, com estimativa de crescimento zero para o PIB. Em outubro do ano passado, o FMI projetava crescimento de 2,3%, em 2017.

Barbosa afirmou que o Brasil se beneficiou dos preços altos de commodities e investiu os recursos na rede proteção social. “Reduzir a desigualdade é tão importante quanto aumentar o PIB per capita em economias emergentes e isso requer ação governamental. Mesmo em um cenário econômico mais adverso, o governo tem que atuar para reduzir a desigualdade, e o desafio é manter as políticas de redução da desigualdade.”

Para o ministro, é possível ter aumento de produtividade e, ao mesmo tempo, diminuição da desigualdade. “A chave para conseguir isso é ter as instituições certas para distribuir os ganhos de produtividade de uma forma que gere mais oportunidades de emprego e melhor qualificação da força de trabalho.”

América Latina

Perguntado sobre o papel do Brasil para a volta do crescimento da América do Sul, Barbosa destacou que a retomada econômica exige aumento dos investimentos. “O Brasil tem uma baixa taxa de investimento comparada a outras economias emergentes, e nossa principal tarefa é aumentar nosso investimento, o que requer não apenas mais estabilidade macroeconômica, mas, especialmente, um papel mais ativo do governo para coordenar os projetos de investimento e incrementar a integração regional”, completou.

Fonte: Agência Brasil

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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