Reforma também tornou Dilma mais dependente de Lula

A reforma ministerial também tornou Dilma Rousseff mais dependente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos dias comandou as articulações internamente no PT e com os aliados.

Foi ele quem pediu a deputados e senadores do PT que tomem cuidado com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompido com o governo e com inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal, e não solicitem o afastamento dele do cargo. Na quinta-feira, um dia antes do anúncio da reforma, Lula conversou com um grupo de parlamentares, em Brasília, e cobrou a blindagem de Dilma no Congresso.

Com mais influência no governo, ele também aconselhou o novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, a chamar a oposição para conversar. Wagner é considerado mais habilidoso do que Aloizio Mercadante, que na Casa Civil comprou briga com o PMDB e até com petistas e voltou para o Ministério da Educação por insistência do ex-presidente. Em nove meses de gestão, o governo que tem o lema “Pátria Educadora” já abriga o terceiro titular da pasta.

“O Plano Nacional de Educação é muito bom, mas ninguém conhece”, reclamou Lula, em conversa com Dilma e ministros do PT. “O ajuste fiscal é um remédio amargo. Tomar remédio amargo tudo bem, mas a pergunta é: vai sarar? Então a gente precisa construir uma agenda positiva depois dessa reforma.”

Fonte: tb

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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