O imbróglio do PT com Marcelo Nilo

Aliados de Rui Costa trabalham na Assembleia para tentar frear a disposição do PT de ir à Justiça questionar a constitucionalidade da quinta reeleição de Marcelo Nilo (PDT) na presidência da Assembleia.

Querem, na contrapartida, que Nilo aceite apresentar uma emenda acabando a reeleição para a presidência. Um show de ingenuidade. Os petistas parecem que ainda não fizeram, sabe-se lá se por incompetência ou pela visão caolha, a mania de só olhar para o próprio umbigo, uma leitura precisa do que se passa.

Por mais que sejam legítimos os argumentos de que um deputado pretender se eternizar no comando do Legislativo seja imoral, o problema é mais em cima. Ou melhor, mais para adiante.

Para Marcelo Nilo, a Assembleia é questão de vida ou morte. Almeja um lugar na chapa majoritária em 2018 e sabe que, se virar um deputado comum, a chance é zero.
No comando da Casa, trata bem o governo, adocica a oposição e faz de lá o trator que haverá de pavimentar-lhe o futuro.

Para o PT, já deixou recados claros: aceite-o ou deixe-o. O discurso da ilegitimidade soa-lhe como retórica de alguém que quer tomar-lhe o bastão. Se assim o é, se agora a quinta reeleição gerou todo esse alarido, imagine em 2017, quando ele virá com tudo para tentar a sexta reeleição?

Rui Costa não quer se envolver. Vai ter que. Ou a base implode. É questão de tempo.

Fonte: Coluna Tempo Presente – Jornal A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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