Propor reforma da Previdência é ato de coragem, diz Temer
O presidente Michel Temer disse ontem (12) à noite, em São Paulo, considerar um ato de coragem a proposição da reforma da Previdência, que vem ocorrendo em meio a críticas da sociedade.
“Eu apreciaria imensamente não ser muitas vezes vergastado, chicoteado pelas redes sociais porque nós propusemos aquilo que é fundamental para o país, que é uma reforma da Previdência Social. Nós não estamos pensando em nós, nós estamos pensando naqueles que virão, nós precisamos reformar a Previdência hoje para garantir a Previdência amanhã. E por isso nós temos coragem”, disse.
Temer disse que, neste momento, é preciso de muita coragem no Brasil. “Coragem para fazer coisas aparentemente impopulares, mas que gerarão popularidade logo ali adiante”, disse , ao acrescentar que “gostaria imensamente de poder apanhar tudo que estivesse na burra do estado” e fazer seu governo.
O presidente recebeu o prêmio na categoria “Líder do Brasil” e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também compareceu ao evento, recebeu uma homenagem especial do setor público.
O governador paulista Geraldo Alckimin e o prefeito eleito João Dória participaram do evento, além dos ministros Alexandre de Moraes (Justiça), Bruno Araújo (Cidades) e Mendonça Filho (Educação).
Em meio a um público formado por empresários, o presidente disse sair do evento “animadíssimo”.
“Em função deste prêmio, nós vamos passar os dois anos [de governo], nós vamos colocar o Brasil nos trilhos para aquele que vier depois. O Brasil vai vencer”, disse.
Delações
O presidente Michel Temer também disse que pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que “se houver delitos, malfeitos, que venham todos à luz de uma única vez”, referindo-se a informações divulgadas na imprensa sobre delações de executivos da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato e que envolvem nomes de diversos políticos.
Temer disse que vazamentos de procedimentos de delação, quando ainda não completados e homologados, poderiam paralisar o país.
“O Brasil precisa resolver isso imediatamente, não pode aquietar-se em face daquilo que é mal produzido, mas também não pode, como aqui foi dito, paralisar as suas atividades” disse.
Fonte: Agência Brasil