Produção da indústria baiana cai 2,9%, diz IBGE

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A produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou queda de 0,3% em maio de 2016 ante o mês imediatamente anterior, conforme pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 7, pelo IBGE e  analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Na comparação com igual mês do ano anterior,  o setor  sofreu retração de 2,9%  –  terceira taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. A variação acumulada entre janeiro e maio de 2016 registrou taxa de 1,2% em relação ao mesmo período de 2015.

Na comparação maio de 2016/maio de 2015, seis das 12 atividades pesquisadas pelo IBGE mostraram queda na produção. O principal impacto negativo no período foi observado no setor  derivados de petróleo (-18,8%), pressionado principalmente pelo menor processamento de óleos combustíveis, óleo diesel e naftas para petroquímica.

Outros resultados negativos no indicador foram registrados em indústrias extrativas (-27,8%), veículos (-6,4%), couros, artigos para viagem e calçados (-19,8%), produtos de minerais não metálicos (-21,1%) e produtos de borracha e de material plástico (-4,6%).

As principais contribuições positivas vieram de metalurgia (35,5%), em razão da maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e produtos químicos (16,8%), atribuída a maior produção de amoníaco, ureia, policloreto de vinila (PVC) e propeno. Cabe mencionar também os avanços vindos de produtos alimentícios (10%), celulose, papel e produtos de papel (10,9%) e bebidas (31,0%).

De janeiro a maio de 2016, comparando-se com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou acréscimo de 1,2%. Seis dos 12 segmentos da indústria geral influenciaram o resultado, com destaque para derivados de petróleo, que teve aumento de 14%, explicado, em grande medida, pela maior fabricação de óleo diesel e gasolina automotiva e metalurgia (27,4%), pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre. Importante ressaltar também os resultados positivos assinalados por produtos químicos (4,3%), celulose, papel e produtos de papel (4,1%) e bebidas (15,8%).

Negativamente, destacou-se veículos (-27,3%). Vale citar ainda a redução de indústrias extrativas (-21,2%), produtos de minerais não metálicos (-19,4%) e produtos de borracha e de material plástico (-6%).

Outros locais

A redução no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 7,8%, na comparação de maio de 2016 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada em 12 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Espírito Santo (-18,9%), Paraná (-11%) e Goiás (-8,5%). Por outro lado, Mato Grosso (14,6%) e Pará (7,8%) obtiveram resultados positivos nesse mês.

Nos primeiros cinco meses de 2016, 11 dos 14 locais pesquisados apontaram taxas negativas. As principais quedas no período foram observadas no Espírito Santo (-21,6%), Amazonas (-18,8%) e Pernambuco (-18,7%). Já Pará (9,6%), Mato Grosso (7,4%) e Bahia (1,2%) registraram avanços.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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