O silêncio de parte da imprensa alagoinhense no “caso Zé Carlos” atenta contra a democracia – Maurílio Fontes

Radialista desde o final da década de 80, atuei em duas das três emissoras de rádio de Alagoinhas ancorando programas jornalísticos. Trabalhei em emissoras de Catu e Salvador.

Portanto, conheço a força da mídia radiofônica e a repercussão daquilo que é veiculado por intermédio das “ondas do rádio”.

A imprensa é um dos cartões de visita de qualquer cidade.

O silêncio de parte da imprensa alagoinhense no “caso Zé Carlos” atenta contra a democracia e demonstra que a irresponsabilidade de alguns chegou ao cume.

Desvalorizar fatos públicos em razão de “contratos publicitários e parcerias” é chafurdar na lama e agir de forma conivente com práticas nojentas e que merecem o repúdio de todos.

Separar o interesse social das questões financeiras dos comunicadores é fundamental para que se tenha liberdade de expressão.

Alagoinhas cresce em termos populacionais, ganha nova dinâmica econômica e se transforma em vitrine para a região (com todos os problemas que ainda enfrenta).

A imprensa, contudo, não pode continuar sendo verdadeira ilha de atraso, na qual o interesse pessoal de uns poucos se sobreponha aos legítimos anseios dos ouvintes em saber o que se passa nos escaninhos do poder.

A situação é pedagógica e tomara que sirva de lição para todos aqueles que omitiram fatos, deram “volteios” para atender o parceiro e proteger sua imagem.

Os donos das emissoras devem estar atentos, pois os programas jornalísticos ao se descolarem da verdade perdem audiência.

E mais do que isso: ficarão sem credibilidade.

Conceito intangível, mas que é fundamental para todos nós que lidamos com comunicação e, portanto, exercemos quase que funções públicas, não eletivas, é verdade, mas de grande importância social.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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