Ministério da Defesa para Wagner é uma descortesia com a Bahia – Maurílio Fontes

As especulações da imprensa do Sudeste dando conta de que o governador Jaques Wagner assumirá o Ministério da Defesa, uma pasta desconectada de sua experiência política, indicam a concretização de uma descortesia com a Bahia e um gesto meramente formal da presidenta Dilma Rousseff para acomodar o aliado.

Ela parece desconsiderar a grande vantagem eleitoral proporcionada à sua candidatura pelos eleitores baianos no segundo turno. Não se deve acreditar em amizades no ambiente politico, em gestos de bondade, porque tudo, todas as ações, obedecem a critérios racionais e algébricos.

Waldir Pires esteve à frente do Ministério da Defesa e foi fritado pelo então presidente Lula na crise aérea de 2006/2007, tornando-se na avaliação de grande parte dos usuários de aeronaves, o maior culpado pelos problemas enfrentados. Questões estruturais, muito mais relevantes, foram esquecidas para justificar a saída do ex-governador da Bahia.

Agora, após ter o nome citado como coringa e com peso político/eleitoral para ocupar ministérios importantes e voltados para a articulação política, Wagner, ao que parece, terá que lidar com generais, brigadeiros e almirantes. Felizmente, não existem mais marechais na carreira militar brasileira.