Lucro do Bradesco sobe 18% e atinge R$ 3,443 bilhões no 1º trimestre

Com redução da inadimplência, o Bradesco iniciou 2014 com lucro líquido de R$ 3,443 bilhões entre janeiro e março, crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em bases recorrentes, que exclui ganhos e perdas extraordinários, o lucro do segundo maior banco privado do país foi de R$ 3,473 bilhões.

Com isso, o retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROAE), uma medida de rentabilidade, subiu de 19,5% no fim do primeiro trimestre de 2013 para 20,5% em março deste ano.

Segundo o Bradesco, o cenário continua desafiador. “O processo de redução de estímulos monetários por parte do banco central norte-americano e a desaceleração da economia chinesa geram desafios aos países emergentes”, cita o relatório do banco.

“Nesse sentido, ações positivas que procurem diferenciar o Brasil de outras nações devem ser vistas favoravelmente. O reforço do compromisso fiscal e a continuidade do combate à inflação estão entre essas ações e constituem condição necessária para o crescimento econômico do País”, acrescenta.

Editoria de Arte/Folhapress

FINANCIAMENTOS

Nos primeiros três meses do ano, os financiamentos do Bradesco totalizaram R$ 432,297 bilhões, avanço de 10,4% sobre o primeiro trimestre de 2013.

O aumento foi guiado pelo bom desempenho das operações com pessoas físicas –R$ 132,652 bilhões do total–, que subiram 11,5% no período.

Já as operações com as pessoas jurídicas (empresas), cresceram 9,9% na comparação anual, somando R$ 299,645 bilhões.

Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, os financiamentos do Bradesco caíram R$ 573 milhões (4,2%).

O banco manteve a expectativa de crescimento da carteira de crédito entre 10% e 14% em 2014.

CALOTES

A inadimplência superior a 90 dias teve queda, indo de 3,5% em dezembro de 2013 para 3,4% no fim do mês passado. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a redução foi de 0,6 ponto percentual.

“A queda da inadimplência ao menor patamar em cinco anos se deve a uma mudança no perfil do crédito, com crescimento de linhas de menor risco, como crédito consignado (desconto em folha) e imobiliário”, diz Luiz Carlos Angelotti, diretor de relações com investidores do Bradesco.

Mesmo com inadimplência menor, o banco aumentou ligeiramente as despesas de provisões para calotes, na comparação anual. Entre janeiro e março, a cifra totalizou R$ 21,407 bilhões, pouco acima dos R$ 21,359 bilhões vistos um ano antes.

No trimestre, porém, houve redução de 1,3% –entre outubro e dezembro de 2013, as provisões para calotes do Bradesco haviam sido de R$ 21,687 bilhões. Foi o segundo trimestre seguido que esse indicador mostrou baixa na comparação com os três meses anteriores.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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