Júri da Campanha Justiça pela Paz em Casa condena réu em Alagoinhas
O julgamento de Carlos de Jesus Marinho, designado dentro do Mutirão Nacional de Júris, na Comarca de Alagoinhas, terminou com a condenação do réu a uma pena de 18 anos de reclusão, na tarde da última terça-feira (8).
O réu condenado ficou preso preventivamente durante o processo e lhe foi negado o direito de recorrer em liberdade.
O crime foi em março deste ano, no centro de Alagoinhas, quando o acusado, ao ver sua ex-companheira, já estavam separados de fato, conversando com outro homem em via pública, motivado por desconfiança, matou-a com um faca.
A instrução do processo findou-se no dia 4 de agosto, sendo o réu pronunciado na mesma data como incurso nas penas do art. 121, §2º IV e VI do Código Penal, o que significa que ele matou sem dar qualquer chance de defesa para a vítima e que o crime foi motivado por questão de gênero (feminicídio).
O juiz Fábio Falcão Santo Vale, que presidiu o julgamento, lembrou que foi a primeira condenação na Vara Crime de Alagoinhas após as alterações promovidas no art. 121 do Código Penal pela Lei 13.104/2015 (Lei do Feminicídio).
A sessão integrou a Campanha Justiça pela Paz em Casa, formada de audiências de instrução e de justificação em ações envolvendo violência doméstica e familiar e julgamento de crimes do gênero feminicídio. Um outro julgamento está marcado para dia 29, de outro réu acusado de assassinar a ex-namorada.
Fonte: Ascom TJBA
