Haddad e Alckmin estão vindo aí mais atrás de ajuda do que ajudar

Dois mil e dezoito quebrou uma tradição baiana, decisiva influência federal na questão estadual. ACM imperou por quase 30 anos sempre com o link federal. No dia que perdeu lá, com Lula, acabou perdendo cá.

Wagner ganhou em 2006, içado por Lula presidente, se reelegeu com folga em 2010 no time de Lula, e em 2014 Rui Costa tornou-se governador no mesmo embalo.

Em 2018 é diferente. Amanhã Fernando Haddad vem para a Bahia circular em Vitória da Conquista e Jequié, recebendo a recíproca de Rui e Wagner para se viabilizar como o 13 do Lula sem ser Lula.

Na oposição — Na oposição é a mesma coisa, um pouco piorado. No duelo federal dos últimos 25 anos entre petistas e tucanos sempre ficou com os tucanos e agora mantém a tradição. Geraldo Alckmin vem à Bahia na próxima sexta com agenda costurada por ACM Neto ainda em aberto (inclui Salvador e uma cidade do interior, que pode ser Feira ou Barreiras).

A questão é que Alckmin está emperrado nas pesquisas. Se bem estivesse, puxaria Zé Ronaldo para cima. Do jeito que está, ele precisa mais é ser empurrado.

Se na Bahia a briga é polarizada entre Rui Costa e Zé Ronaldo, o cabeça do time de Neto, na banda federal é pulverizada. Petistas e tucanos, que sempre estiveram no segundo turno duelando lá e cá, podem experimentar em 2018 um ter que acabar votando um no outro.

A pedrinha que entrou na trajetória de Coronel

Ângelo Coronel (PSD), o parceiro de Jaques Wagner na chapa de Rui Costa, é o quarto entre os quatro postulantes às duas vagas no Senado e corre atrás, ancorado na força da máquina de Rui, de tomar a vaga, segundo as pesquisas que têm Wagner na cabeça, Lázaro em segundo e Jutahy em terceiro.

A crise na vesícula, a clássica pedra a ser extirpada, virou literalmente uma pedra no caminho de uma rota que já não é fácil.

Coronel diz que nunca pensou ser presidente da Assembleia. De lá tenta se catapultar para o Senado. Emplacar seria a consagração de alguém do baixo clero que chegou lá.

Ele mesmo diz que está na hora de ver se vai para Brasília ou volta para Coração de Maria.

 

Fonte: A Tarde

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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