Exploração do trabalho infantil cai 54% na Bahia em 12 anos
Em um intervalo de 12 anos, entre 2002 e 2014, o número de crianças e adolescentes (entre 5 e 17 anos) vítimas de exploração do trabalho infantil sofreu queda de 54% na Bahia, passando de 647 mil para 296 mil.
O dado foi divulgado nesta terça-feira, 22, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad-IBGE), que ouviu 27 mil pessoas na Bahia no ano passado.
O Bolsa Família, que no ano passado tinha na Bahia o maior número de beneficiários do programa, é apontado pelo diretor de pesquisas da SEI, Armando Castro, como principal responsável pela redução.
Segundo o estudo, 31 mil crianças na faixa de 5 a 9 anos deixaram de trabalhar (queda de 82%); 114 mil, dos 10 aos 13 anos (68%); 72 mil, de 14 e 15 anos, quando já é possível trabalhar como aprendiz (41%); e 133 mil, de 16 e 17 anos (redução de 133 mil).
Para Castro, os dados servem para o planejamento e a avaliação dos resultados das políticas públicas voltadas à erradicação do trabalho infantil.
Ele ressaltou que, apesar da queda no cômputo geral, os esforços devem se centrar para acabar a exploração da faixa entre 5 e 13 anos.
E destacou uma maior ocorrência de crianças de 5 a 13 anos que só estudam: de 85%, em 2002, para 95,9% no ano passado.
“O Bolsa Família exige a frequência escolar para a concessão do benefício e desempenhou função relevante, sobretudo no aumento da renda das famílias, o que reduziu a necessidade de levar as crianças para o mundo do trabalho”, frisou Castro.
Fonte: A Tarde