Ex-tucano, prefeito de Curitiba critica ataque da PM a manifestantes no PR
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), criticou o cerco que a Polícia Militar do Paraná fez à Assembleia Legislativa do Estado nesta semana, o confronto com os manifestantes e o governador do Estado, Beto Richa (PSDB).
Nesta quarta-feira (29), a polícia usou bombas de gás, balas de borracha e jatos de água para evitar que um protesto organizado por professores da rede pública contra um projeto que alterava a previdência dos servidores chegasse até a Assembleia e impedisse a votação pelos deputados.
O texto foi aprovado, e o conflito terminou com mais de 180 feridos, parte deles atendidos na própria prefeitura.
O cerco foi desfeito nesta quinta (30).
No Facebook, Fruet –um ex-tucano que deixou o partido após atritos com Richa o impedirem de disputar a prefeitura de Curitiba– disse que o centro cívico da cidade parecia “uma praça de guerra”.
“Cerco no Centro Cívico! Equipes da saúde da Prefeitura atendendo feridos e a rede foi acionada para deslocamentos. Determinamos a evacuação do prédio da Prefeitura. Servidores liberados. Crianças estão sendo retiradas das escolas e CMEIs [centros de educação infantil] da região em razão do tumulto e efeito de gás lacrimogêneo. Guarda municipal convocada para ajudar no transporte dos feridos, já que as ambulâncias não conseguem chegar a região. Liberado todo espaço da Prefeitura para acolhimento. Parece uma praça de guerra!”, escreveu.
Na sequência, fez um apelo ao governador, à Secretaria de Estado da Segurança Pública e à Assembleia: “Por favor. Momento é de pacificar. Já temos muitos feridos aqui”.
Em entrevista à Folha, Richa afirmou que que quem agiu com ”truculência” não foi a polícia, mas os black blocs identificados pelo governo na manifestação.