Com alta dos combustíveis, custos do grupo transportes elevam inflação na RMS

A inflação de 0,68% em maio na Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi resultado de aumentos verificados em sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Neste período, conforme levantamento divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 10, apenas vestuário, com -1,28%, e despesas pessoais, -0,06%, tiveram variações negativas.

Com o maior aumento médio e uma forte aceleração em relação a maio, quando havia registrado deflação de -4,11%, o grupo transportes (2,41%) foi o que mais puxou o IPCA de junho para cima na RMS. A influência veio quase que exclusivamente dos combustíveis (12,85%), com aumentos importantes da gasolina (13,54%) do etanol (13,35%) e, em bem menor escala, do diesel (1,89%).

O aumento dos combustíveis conseguiu neutralizar a nova queda nos preços das passagens aéreas (-25,36%), que foi ainda mais intensa do que a verificada em maio (-23,87%) e, individualmente, o que mais segurou o IPCA de junho na RM Salvador.

Alimentação

Os alimentos (0,70%) também seguiram pressionando a inflação para cima no mês, com a terceira maior alta entre os grupos e a segunda principal contribuição no IPCA.

A alimentação em casa teve a principal influência (0,84%), puxada pelas carnes em geral (2,34%), pelas frutas (4,58%) e pelos cereais, leguminosas e oleaginosas (5,09%). A alimentação fora (inclusive delivery) também aumentou (0,32%), puxada fortemente pelos lanches (2,03%).

Apesar de continuarem pressionando a inflação da RMS, em junho (0,70%) os alimentos desaceleraram em relação maio (1,18%). Isso ocorreu devido à queda média nos preços de itens importantes que vinham em forte alta, como o tomate (-18,16%) e a cebola (-6,63%).

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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