BATE PRONTO 94

No ano eleitoral, como não poderia deixar de ser, as ações dos políticos vão ficando mais claras. Muitos querem a cadeira principal do Paço Municipal, mas como existe apenas uma vaga a disputa será renhida, voto a voto, com manhas e artimanhas. A eleição é momento singular que permite certo protagonismo dos eleitores. Até a próxima coluna.

Pré-candidatura I

O advogado Gustavo Carmo (PMDB) lançará nos próximos dias sua pré-candidatura à Prefeitura de Alagoinhas. Ele começará a percorrer a cidade visando ouvir os diversos segmentos sociais que desejem apresentar sugestões para a elaboração do programa de governo. Ao lado disso, Carmo aprofundará as discussões com lideranças políticas de Alagoinhas.

GUSTAVO CARMO 1

Pré-candidatura II

Prioritariamente, Gustavo Carmo planeja se aliar às forças políticas locais que apoiaram a candidatura de Paulo Souto (2014) ao Palácio de Ondina. Mas não veta nenhum nome e vê condições de construir alianças com outros postulantes ao Executivo Municipal. “O momento é de conversar, construir convergências e depois formalizar as alianças”, disse o advogado ao editor da coluna.

Pré-candidatura III

Na longa conversa com o editor da coluna, Gustavo Carmo demonstrou entusiasmo com o desafio de colocar o nome à disposição da sociedade alagoinhense. “Vamos conversar muito, tentar convencer e assim criar as condições para o fortalecimento da pré-candidatura, que deve nascer de uma vontade coletiva de segmentos comunitários”, salientou.

Adeus

O secretário de Governo da Prefeitura de Alagoinhas, João Rabelo, é pressionado para abandonar sua pré-candidatura. Nos próximos dias, a contragosto, ele anunciará na imprensa radiofônica sua desistência. Entretanto, Rabelo não direcionará seu apoio a nenhum pré-candidato oficial, argumentando que o prefeito Paulo Cezar ainda não anunciou o nome que apoiará.

Mais baixas I

Na próxima semana, o PT de Alagoinhas perderá dezenas de militantes e simpatizantes. A debandada coletiva será mais um golpe nas pretensões eleitorais da legenda. Mas tem gente que não sabe fazer conta: se política é a “arte de somar”, como a divisão, o fracionamento e as baixas poderão fortalecer uma possível candidatura majoritária da legenda? Nem Freud explica.

Mais baixas II

Militantes históricos do PT, insatisfeitos com a condução da legenda e o antigo personalismo, que muitos fingem não existir, resolveram buscar novo espaço político e deverão caminhar com o vereador Radiovaldo Costa. Os dirigentes petistas locais parecem não perceber o sangramento partidário e minimizam as baixas. O fígado nunca foi um bom conselheiro político.

Sem apoio

A secretária Sônia Fontes anda na fase do “SEM”. Na festa de aniversário de Anderson Baqueiro, gestor da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), por mais que a “animadora” tentasse, ela não foi aplaudida. Ficou sem aplausos. Agora, as especulações indicam que ela não teria o apoio do grupo Azi. Sem esta adesão, sua candidatura correrá grandes riscos de derrota. Isso se for mantida pelo prefeito Paulo Cezar.

Sentido inverso

A presença da senadora Lídice da Mata em Alagoinhas, na semana passada, e seu discurso, ao invés de fortalecerem a pré-candidatura de Sônia Fontes, criaram desconforto entre seus possíveis apoiadores. E deram coragem para alguns dizerem não.

Matérias I

Em diversas matérias, publicadas há mais de um ano, o Alagoinhas Hoje registrou as dificuldades que Paulo Cezar e Paulo Azi teriam para manter a aliança eleitoral. Eles professam credos políticos diferentes. Cezar, ao longo de seu primeiro mandato, se aproximou de Jaques Wagner, mesmo tendo sido eleito pelo PSDB. Em 2012, na condição de (neo) aliado, não foi fustigado pelo governo do estado, que manteve aparente distância do processo eleitoral alagoinhense. Azi, por seu turno, nos últimos anos, reforçou ainda mais seus laços com ACM Neto: participou intensamente da campanha soteropolitana de 2012 e em 2014 foi candidato à Câmara dos Deputados com o número 2526, utilizado pelo prefeito de Salvador nas disputas por vaga no parlamento federal.

Matérias II

Por diversas vezes, o Alagoinhas Hoje foi acusado de tentar separar os dois grupos políticos. As paixões e os interesses pecuniários não são bons conselheiros. Em política, análises retrospectivas não podem ser desprezadas, mas avaliações sobre cenários futuros indicam caminhos. Quem quis ver, viu. Quem optou pelo comodismo, preferiu reforçar os laços locais dos dois políticos, relegando a plano secundário as questões estaduais, que impõem ritmo às negociações paroquiais. Apostaram na exagerada autonomia de PC e de PA.

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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