Bancada petista prepara anúncio de Rosemberg à presidência da Assembleia
A bancada petista na Assembleia prepara para esta semana o anúncio do apoio oficial à candidatura do deputado Rosemberg Pinto (PT) à presidência da Assembleia. A decisão solidifica ainda mais a tendência de bate-chapa na disputa pelo comando da Casa, a primeira desde 1997. Parte das legendas que se aliaram à oposição na corrida pelo Palácio de Ondina – a exemplo do PTN e o PV – também sinalizaram adesão a Rosemberg, que conversa ainda com PSB, PSL, PP e PCdoB. Caso o parlamentar do PT avance no tabuleiro, lideranças do PSD admitem que o nome do partido no páreo, Alan Sanches, pode se retirar do páreo em favor de Rosemberg. Em contrapartida, DEM, PSDB e PMDB se mostram cada vez mais próximos do atual presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), que conta também com a simpatia velada do governador eleito, Rui Costa.
Turma do gargarejo
O governador Jaques Wagner (PT) ganhou ontem dois cabos eleitorais para 2018 – o prefeito de Camaçari, Ademar Delgado, e o presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza. Ambos defenderam a candidatura de Wagner à Presidência na Convenção Anual da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), em Praia do Forte. A campanha começou logo após a palestra do ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney (1985-1990), Mailson da Nóbrega, que projetou cenários econômicos de longo prazo tendo como certa a vitória da oposição nas próximas eleições.
Trabalho de craque
O prefeito de Camaçari foi o primeiro a improvisar o palanque, movimento acompanhado com ar de surpresa pelo empresariado do setor imobiliário. Ademar Delgado pediu licença a Maison da Nóbrega, disse que discordava das previsões do economista e defendeu o “Galego como candidato a presidente em 2018”. Até que tentou ensaiar o nome do ex-presidente Lula, mas já era tarde. Na emenda, Luiz Gavazza, da Bahiagás, assumiu a militância e pediu também a candidatura de Jaques Wagner em 2018. O prefeito ACM Neto (DEM), que assistia ao minicomício, apenas riu e balançou a cabeça discretamente.
Cantiga de roda
De passagem por Salvador, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, mostrou certo cansaço com as perguntas sobre seu futuro no próximo governo Dilma Rousseff. Mesmo assim, contou que a carta de demissão foi entregue à presidente há duas semanas, mas tratou logo de avisar que o gesto não significa o adeus ao Planalto. Era, segundo dias, uma maneira delicada de deixar a chefe à vontade, condição que em tempos de racha na base e crise institucional Dilma tem cada vez menos.
Na geladeira
A ministra Nancy Andrighi, corregedora nacional de Justiça, deu a entender, em entrevista ao site Bahia Notícias, que vai julgar os processos de magistrados baianos no CNJ em blocos, não isoladamente. A afirmação foi feita durante encontro em Salvador com seus colegas de função nos tribunais estaduais. Pode-se deduzir, a partir da fala da ministra, que o CNJ vai adiar pela 20ª vez a decisão sobre o processo disciplinar movido contra a desembargadora Telma Brito, marcado na pauta da Corte dessa terça-feira.
Pílula
Caso as detenções e inquéritos contra a cúpula das maiores empreiteiras do país deem certo, os políticos podem se despreocupar com o maior entrave à reforma política – o financiamento privado de campanha. Com a turma dos principais doadores em cana, vai sobrar pouco dinheiro mesmo.
Fonte: Correio 24h
