Azul lança seguro de carro popular até 30% mais barato

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A Azul Seguros, empresa do grupo Porto Seguro, se adiantou com relação a outras empresas do mercado e lança este mês um seguro de carro mais barato para São Paulo, capital e região metropolitana. A proteção valerá para carros com valor de até 60 mil reais, fabricados há cinco anos ou mais.

O Seguro Azul Seguro Auto Popular terá custo reduzido em até 30% porque irá utilizar peças usadas em eventuais sinistros, conforme decisão recente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que autorizou as seguradoras a utilizarem peças de desmontagem em consertos dos carros segurados, provenientes de empresas credenciadas.

O seguro também permite usar peças de reposição não originais novas similares às dos fabricantes de veículos. O serviço poderá ser realizado em oficinas referenciadas ou de livre escolha, com peças fornecidas pela Renova Ecopeças, empresa do grupo que tem experiência no segmento. Em casos de reparos de freios, suspensão, amortecedores e pneus, que são itens de segurança, serão utilizadas peças novas.

O uso tanto de peças de desmontagem como de peças novas não originais será amplamente comunicado aos segurados no momento da contratação do seguro.

O produto oferece cobertura básica para colisão, roubo, furto, indenização de 80% a 90% da tabela Fipe, assistência 24 horas e guincho em até 100 km.

Estão também incluídas na proteção as coberturas de Responsabilidade Civil Facultativa (RCF), com indenização de 25 mil reais; e opcional de Danos Morais e Estéticos Facultativo, com indenização de 5 mil reais ou 10 mil reais.

Produto exige cautela

Para Gustavo Mello, especialista em seguros, o novo produto atende consumidores que não podem pagar por uma proteção mais completa. “Ainda que as peças sejam usadas, elas continuarão a ter garantia, que costumam variar de três meses a um ano”. O fato do seguro ser específico para carros mais velhos também é positivo, diz Mello. “Algumas seguradora não aceitam proteger carros mais antigos ou cobram muito caro por isso”.

No entanto, ele alerta para algumas características que barateiam o produto, mas podem representar grandes prejuízos para o segurado. “A indenização contra terceiros de 25 mil reais, por exemplo, é muito baixa. Se o segurado bate em um carro importado ou atropela uma pessoa, ele vai gastar muito mais. Hoje, no mercado, encontramos indenizações de mais de 100 mil reais nestes casos”.

Outro ponto é o pagamento de 80% a 90% do valor da Tabela fipe em caso de roubo. “É um claro desestímulo a deixar o carro na rua, já que a seguradora, caso o veículo seja roubado, vai pagar bem menos do que ele vale, já que a tabela Fipe mostra a média de preço do veículo. Uma proteção tradicional costuma cobrir ao menos 100% desse valor, outras podem pagar até 110%”.

Diante dessas considerações, o fato de o seguro ser somente 30% mais barato não é suficiente, diz Mello. “Ele deveria ser mais barato ainda. É um seguro popular mas ao menos tempo não é”.

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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