Após feriado, deputados devem deflagrar impeachment de Dilma

Parlamentares da oposição querem  deflagrar terça-feira processo político para afastar a presidenta Dilma Rousseff, sem esperar que o Congresso decida sobre as contas do governo. O movimento pelo impeachment recebeu críticas da presidenta durante reunião com os ministros na quinta. A petista disse que está em curso no país um “golpe democrático à paraguaia”. Mas a frase repercutiu mal no país vizinho. Ontem, o presidente paraguaio, em nota, disse ter recebido a declaração de Dilma com “surpresa e desagrado” e pediu explicações ao embaixador brasileiro em Assunção. A presidenta está em viagem oficial à Colômbia.

Na quarta-feira, o Tribunal de Contas da União rejeitou o balanço de 2014 e está prevista para terça-feira o parecer do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre o principal pedido de impeachment. Ele prometeu “passar o fim de semana” debruçado sobre o tema.

A estratégia da oposição, combinada com o peemedebista para diminuir sua responsabilidade no processo, é recorrer ao plenário da Casa quando Cunha decidir arquivar o pedido feito pelos juristas Hélio Bicudo, e Miguel Reale Júnior. A presidenta será afastada do Planalto se ao menos 342 dos 513 deputados votarem pelo processo de impeachment.

Cunha reafirmou ontem que irá despachar até terça-feira sobre os pedidos de impeachment, mas disse que fatos do primeiro mandato não podem interferir no segundo.

Assinaturas de Cunha

Mais uma evidência das contas de Eduardo Cunha na Suíça é comprovada pelos investigadores do país. Ontem eles encontraram a assinatura do presidente da Câmara em documentos bancários e de empresas atribuídas a ele e sua família, atestando o vínculo do parlamentar como beneficiário dessas contas e de seus valores.

A documentação faz parte do material enviado pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria-Geral da República. Ambas as instituições investigam Cunha por lavagem de dinheiro e corrupção. A prova foi recebida e considerada fundamental para comprovar o vínculo do parlamentar com o esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

 Fonte: iG

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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