Alckmin é pressionado por aliados a assumir negociações por apoio

Não bastasse a pressão interna que vem sofrendo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) começou a receber recados diretos de aliados de outros partidos para que tome para si a articulação em busca de alianças para sua tentativa de chegar ao Palácio do Planalto.

Na noite de quarta-feira (13), ao chegar a Brasília, o pré-candidato à Presidência encontrou o presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SD), e foi cobrado diretamente ainda no cafezinho do aeroporto.

“Sugeri que ele ficasse mais em Brasília. Ele tem que fazer pessoalmente porque os outros líderes dele não conseguem fazer essa articulação com os partidos”, disse Paulinho à Folha.

A cobrança não é apenas do Solidariedade. Apoiadores de Alckmin em legendas como o DEM, por exemplo, reclamam da falta de protagonismo do ex-governador de São Paulo, que se soma à estagnação de todos os pré-candidatos nas pesquisas eleitorais.

Alckmin pediu ao presidente do Solidariedade os telefones dos caciques de PRB, PP e PSC, que formam, junto com o partido e o DEM, um bloco que pretende apoiar um mesmo nome.

O grupo garante um bom tempo de TV a qualquer candidato que apoiar. Juntos, estes partidos têm cerca de 150 segundos. Sozinho, o PSDB tem somente algo em torno de 78 segundos.

Se o bloco não levar adiante a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que é o mais provável, avalia apoio a Alckmin, a Alvaro Dias (PODE) ou a Ciro Gomes (PDT).

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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