Agosto Lilás: Caminhada encerra atividades do mês de alerta para a violência contra a mulher

Durante todo o mês de agosto foram intensificadas as informações sobre os mecanismos legais de proteção à mulher e as formas de denúncia. Realizada pela Prefeitura, em parceria com o Conselho de Mulheres, Ministério Público e Deam, como parte da programação do Agosto Lilás, foram realizadas palestras em escolas, debates, encontros, panfletagens e eventos abordando os tipos de violência especificados na Lei Maria da Penha e como promover o enfrentamento à violência contra a mulher.

Foto: Divulgação

Uma das atividades do Agosto Lilás foi a Semana de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher: braços empenhados contra a violência, realizada com grupos de adolescentes do SCFV no CRAS Praça do CEU. O grupo, que tem crescido cada vez mais, participou de forma ativa dos debates realizados sobre as violências física, psicológica, sexual, institucional e patrimonial praticados contra a mulher.”O objetivo do trabalho foi minimizar as dúvidas sobre o assunto e lembrá-los que eles também devem compartilhar esses conhecimentos com aqueles que não tem tanto acesso ao conteúdo”, pontuou a coordenadora do CRAS, Emanuelle

Fortalecendo o movimento, este ano a campanha ganhou reforço com ações nas comunidades rurais, e de forma inédita, foi realizado, no dia 14 de agosto, no Centro de Cultura,o I whorkshop sobre a Lei 11.340 ( Lei Maria da Penha) na prática. O evento teve como palestrantes o Promotor de Justiça Gilber Santos,  a Defensora Pública, Juliane Andrade , a Delegada da DEAM  Lélia Raimundi, a comandante da Guarda Municipal e coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Renata Fortaleza  e a subsecretária de Assistência Social Ludmila Fiscina, que na oportunidade, apresentou os equipamentos que integram a rede municipal  de proteção à mulher à plateia formado por homens e mulheres.

Foto: Roberto Fonseca

As atividades foram encerradas na manhã desta quinta-feira (29), com a caminhada ” Todos por elas”, que uniu secretarias municipais, estudantes, usuárias dos Cras do município, Conselho de Mulheres, Ministério Público e instituições parceiras para dizer não à violência contra a mulher.

“Todas as atividades desenvolvidas ao longo deste mês teve o intuito de levar o acesso à informação e orientações sobre as violências tipificadas na Lei Maria da Penha, medidas protetivas e locais de atendimento especializado a mulheres em situação de violência, bem como, a prevenção da violência para que as mulheres tenham percepção do que caracteriza a violência doméstica e familiar e possam romper este ciclo”, afirmou Ludmila Fiscina. “A  proposta central é criar um laço de confiança entre a gestão e as vítimas, fortalecendo ainda mais o desempenho dos equipamentos no município”, explicou a subsecretária.

Foto: Roberto Fonseca

Rede de Proteção à Mulher

Diariamente, o município desenvolve um trabalho muito importante para que aconteça o fortalecimento,o resgate de mulheres que veem seus sonhos desfeitos por alguém que confiava.  No CRAM, a ruptura da situação de violência e a construção da cidadania é realizada por meio de ações globais e de atendimento interdisciplinar (psicológico, social, jurídico, de orientação e informação) à mulher em situação de violência. No equipamento são ofertados os serviços de triagem, primeiro atendimento individual com assistente social e psicólogo, grupos psicológicos terapêuticos, atendimento individual com psicólogo, assistente social e advogado, além dos encaminhamentos para a rede.

De acordo coma coordenação, de 2017 a Junho de 2019, O CRAM realizou mais de 2.717 atendimentos. 435 acolhimentos, onde as mulheres vítimas de violência foram encaminhadas para a Casa Abrigo, um local cujo endereço é sigiloso para segurança da mulher e onde é dado todo suporte necessário.

“É um trabalho árduo da equipe lidar com algo tão delicado e dolorido que é a violência doméstica As mulheres chegam até o equipamento com suas vidas destruídas, sonhos desfeitos, sem perspectiva e com medo, além de ter sua autoestima dilacerada”, conta a coordenadora.”Aos poucos, as consultas individuais com a psicologa, com o grupo terapêutico e apoio de toda a equipe multidisciplinar, essas mulheres com força de vontade,  tem suas vidas restauradas, ficando apenas as cicatrizes do que se passou”, informou a coordenadora do centro, Adyla Costa.

Como parte das ações afirmativas voltadas à defesa dos direitos das mulheres, desde setembro de 2017, Alagoinhas também conta com a “Patrulha Maria da Penha”, um serviço instituído por Lei Municipal para garantir o cumprimento de medidas protetivas e reprimir eventuais atos de violência.

A equipe da Patrulha  é formada por quatro agentes que faz visitas regulares às vitimas de violência com medidas protetivas. Se for constatado o descumprimento da medida, a informação é encaminhada ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para adoção de medidas mais rigorosas contra o agressor, que pode ser a prisão imediata.

 

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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