PSDB não sabe que Brasil não é mais república de bananas, diz PT

A bancada do PT no Senado fez um duro ataque ao PSDB diante de especulações sobre uma saída antecipada da presidente Dilma Rousseff de sua função.

O líder do partido na Casa, senador Humberto Costa (PE), acusou o principal partido de oposição de “uso cínico, hipócrita e oportunista da moral de ocasião” e alfinetou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) ao citar a figura do avô do tucano.

“O presidente do PSDB, que parece cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda, deveria se inspirar mais na figura democrática e visceralmente anti-golpista de seu avô Tancredo Neves”, afirmou.

Ao lado de senadores petistas, como Gleisi Hoffmann (PR) e Lindbergh FariaS (RJ), Costa qualificou as chamadas “pedaladas fiscais” como “ações contábeis normais”, adotadas em governos anteriores. Ele disse ainda que as doações feitas à campanha de Dilma, no ano passado, são “transparentes” e lembrou que o PSDB recebeu recursos das mesmas empresas doadoras da candidata petista.

“O PSDB parece desconhecer que o Brasil não é mais uma república de bananas, que dá ensejo a golpes com base em pretextos jurídicos canhestros e do sentimento dos derrotados nas urnas”, emendou.

ARTIGO 14

O senador tucano recorreu ao regimento interno do Senado para rebater as críticas –trecho do documento garante o uso da palavra a senador nominalmente citado por um colega. Aécio argumentou que os discursos adotados em convenção do partido, no último fim de semana, foram “absolutamente adequados”.

No evento, os principais líderes tucanos disseram que a sigla está pronta para “ir até o fim” e assumir o comando do país.

“O PSDB não é e jamais quererá ser protagonista de qualquer movimento de instabilidade da vida pública brasileira”, afirmou. Ele ainda criticou a defesa do líder do PT sobre as chamadas “pedaladas fiscais”.

“Vamos deixar, líder Humberto Costa, que os ministros do Tribunal de Contas digam se efetivamente ela desrespeitou ou não a Lei de Responsabilidade Fiscal. Por maior que seja o respeito que tenho por vossa excelência, vossa excelência não tem autoridade para decidir aquilo que o Tribunal de Contas ainda não decidiu.”

Ele voltou a dizer que ninguém no país “está acima da legislação”. “Respeitem o papel da oposição, que busca para o Brasil uma solução melhor que essa que o governo do PT nos trouxe ao longo dos últimos anos”, concluiu.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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