Disputa na Assembleia é caso atípico na Bahia

Por todos os ângulos que se olhe, a disputa pela presidência da Assembleia, agora afunilada entre Marcelo Nilo (PDT) e Rosemberg Pinto (PT), é um caso atípico na política baiana.

Foi antecipada mais de dois meses antes da data da eleição (1º de fevereiro); o governador (no caso, Rui Costa), que historicamente sempre emplaca um preferido, mantém-se equidistante e nunca na Casa alguém logrou postular cinco mandatos consecutivos.

Mais ainda, os dois candidatos, ambos governistas, engalfinham-se numa guerra que sai do plano político e está virando pessoal.

Convicto da vitória, Marcelo já disse ao próprio Rosemberg que não pretende disputar um sexto mandato, mas, se vislumbrar uma possibilidade de vitória dele (Rosemberg), retira o que disse e entra em campo.

Marcelo venceria hoje fácil. Sabe jogar, distribui cargos e espaços com os colegas (oposição inclusa), o governo não pode fazer-lhe restrições políticas. Tem contra si apenas o fato da quinta reeleição.

Já Rosemberg tem contra si justamente o fato de ser do PT, inimigo natural da oposição, e pela fama de o partido ser muito guloso por cargos, o que arrepia os demais.

Fonte: Coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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