Violência em Alagoinhas está fora de controle – Maurílio Fontes

Vivi a adolescência e o início da idade adulta em uma Alagoinhas sem violência, pacata e acolhedora. Anos perdidos no  tempo, que são meras lembranças de uma cidade que ansiava pelo futuro.

Mas não o futuro de violência que está fora de controle das autoridades de segurança pública, aparentemente sempre atrás dos passos da bandidagem. Os burocratas do 4º Batalhão da Polícia Militar explicarão com números, estratégias colocadas em prática e ações o trabalho “positivo” (sic) em andamento.

Os argumentos não convencem a população, que em maior ou menor escala, lida direta ou indiretamente, com casos de violência: assaltos, roubos de diversas modalidades, tiroteios em bairros e bares, tráfico de drogas.

Roubar carros em Alagoinhas parece ser uma das diversões favoritas da bandidagem local ou importada. 

A insegurança real é causadora de perdas econômicas, diminuição de faturamento dos segmentos comerciais que têm as noites como chamarizes para atração de consumidores e inibição da vida social, esta, por si só, preocupante porque os seres humanos não podem estar vinculados apenas ao labor. 

A Polícia Militar em Alagoinhas, como de resto nas cidades médias baianas (apenas para ficarmos nelas), não tem sido capaz de coibir satisfatoriamente os índices de criminalidade apesar dos investimentos do governo do estado na área de segurança pública. 

O desenvolvimento de qualquer cidade está vinculado diretamente às ações de contenção da violência. Outros fatores são impactantes, mas nesta quadra histórica de Alagoinhas não se pode retirar do cardápio desenvolvimentista a segurança pública como um itens mais relevantes.

Não há duvida de que o aumento da violência inibe investimentos e diminui a competitividade de Alagoinhas. Portanto, a situação ultrapassa os limites da segurança pública e impacta nos diversos setores da vida econômica, social e cultural de Alagoinhas. 

Em artigos e notas publicados no site Alagoinhas Hoje e mesmo na lista de WhatsApp venho registrando há muito tempo certo descaso do governo do estado com Alagoinhas.

A cidade merece muito mais do que a ela foi concedido pelo governador Rui Costa. 

A inexistência de um rabecão, que é algo primário, simbolizou, de alguma forma, a secundarização de Alagoinhas como destino de investimentos governamentais.

É preciso que os políticos alinhados com o governador Rui Costa cobrem mais enfaticamente medidas para diminuir a violência em Alagoinhas. 

Não é mais possível tergiversar sobre o tema e menos ainda adiar ações que sejam capazes de diminuir a violência que grassa em todos os cantos de Alagoinhas, inclusive na zona rural. 

Não dá para esperar o bloco da bandidagem fazer o “carnaval” de violência em todos os dias do ano como se Alagoinhas fosse uma passarela para assaltos, roubos, tiroteios e outras modalidades de crimes. 

 

 

 

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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