Vereador Thor de Ninha propõe discussão sobre os perigos da tecnologia fracking
Na segunda-feira (15), a partir das 9 horas, será realizada na Câmara Municipal audiência pública proposta pelo vereador Thor de Ninha (PT) com objetivo de discutir os perigos e efeitos negativos da tecnologia denominada fracking, utilizada pela indústria do petróleo para extração do gás xisto.
Fracking, ou fraturamento hidráulico, é uma técnica utilizada para extrair petróleo e gás natural de formações rochosas subterrâneas. O processo envolve a injeção de água, areia e produtos químicos a alta pressão dentro de poços perfurados no solo. Essa pressão cria fissuras na rocha que permitem que o gás natural ou o petróleo fluam para o poço, de onde podem ser extraídos.
Segundo material de divulgação da Coalização Não Fracking Brasil (Coesus), em diversos países a tecnologia já foi banida por representar uma ameaça real à vida humana, além de contaminar a água e o solo, prejudicar a economia e deixar um rastro de destruição permanente.
A tecnologia, de acordo com a Coesus, afeta diretamente o meio-ambiente por utilizar mais de 750 produtos químicos radioativos, adicionados à agua, para a fratura do folhelho pirobetuminoso de xisto. Após o procedimento, a água contaminada chega às reservas subterrâneas e aos aquíferos, tornando o solo infértil e impondo às commodities agrícolas barreiras sanitárias, impactando diretamente a economia das localidade onde o fraturamento hidráulico acontece.
Crítico desta tecnologia, o vereador Thor de Ninha afirma que as consequências do fracking são conhecidas : nascimento de crianças com problemas gravíssimos, morte por diversos tipos de cânceres, perda de empregos em função do fechamento de fábricas, impactos negativos na produção agrícola. “A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis já autorizou a utilização desta tecnologia no Brasil”, afirmou o vereador, acrescentando “que apresentou projeto de lei que tem como objetivo proibir a fracking em Alagoinhas”.
O deputado federal Jorge Solla (PT), que tem proposto o debate no plano nacional, representantes do Sindipetro Bahia e dirigentes da organização não-governamental Arayara e da Coesus participarão da audiência pública. “O Brasil não precisa desta tecnologia”, salientou o vereador Thor de Ninha.
