Universidades da Bahia apostam na interiorização do ensino

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Cada vez mais universidades públicas e particulares estão expandindo suas atividades para o interior da Bahia. A educação a distância tem sido a principal aliada para democratizar o acesso ao ensino, ampliar o número de alunos atendidos e diminuir aos poucos o déficit de ensino superior que a Bahia apresenta na extensão dos seus 417 municípios.

Na semana passada, o Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) divulgou a abertura de cinco cursos de EAD em 25 cidades do interior e da Região metropolitana de Salvador. Entre os cursos estão administração, pedagogia, ciências contábeis e duas graduações tecnológicas, em cidades como Feira de Santana, Porto Seguro, Barreiras e Tucano. Serão 30 polos, seis deles somente em Salvador, locais em que os alunos vão para cumprir obrigações presenciais, como avaliações.

Segundo o reitor da Unijorge,  Guilherme Marback, a instituição esperou por dois anos a liberação do MEC para os cursos e que a medida amplia o acesso dos estudantes à educação. “A EAD é uma modalidade que é tão importante quanto a educação presencial. Feita com qualidade, já está comprovado  que as pessoas aprendem tão profundamente quanto os alunos dos cursos  presenciais”, afirma Marback.

Com a popularização e maior aceitação da ferramenta, assim como maior controle de qualidade do Ministério da Educação sobre a abertura de novos cursos, a tendência ganha novo fôlego com novos investimentos de instituições particulares e públicas.

Reitora da Unifacs, Marcia Barros lembra que a universidade  foi a primeira a ser credenciada para EAD na Bahia, em 2004. Atualmente, está presente com 16 polos no interior e pretende abrir ainda mais 14, em cidades ainda em planejamento.

“Hoje  é uma alternativa de acessibilidade para o ensino superior. O Brasil tem um dos menores índices de ensino superior entre a população de 18 a 24 anos. Foi uma ideia deliberada da Unifacs de desenvolver mais acesso para que os cursos pudessem chegar a outras cidades através da tecnologia a distância”, diz Marcia.

Dia a dia

Uma graduação a distância exige habilidades diferentes do aluno e também dos profissionais das instituições de ensino. As aulas são feitas através do computador em vídeo, mas um polo presencial é necessário para a realização de avaliações.

Professora de educação a distância da Unijorge, Bárbara Cabral afirma que no sistema online os alunos e professores constantemente estão interagindo, um comprometimento que serve como uma das avaliações. “Despertamos em nossos alunos a partir das tecnologias o mundo maravilhoso do  ensino a distância, que  insere e estimula os estudantes”, afirma a professora.

Aluno de um curso misto da Unifacs em Feira de Santana, o estudante de administração Pedro Augusto Souza concorda que a tecnologia democratiza  o acesso, mas alerta que os sistemas e tecnologias utilizados precisam ser dominados pelos  alunos. “É preciso ter um treinamento interno para saber utilizar melhor os sites para dar seguimento às matérias EAD. Se a pessoa se interessar, realmente funciona. Mas se ficar somente nas aulas, não dá para evoluir tanto”, afirma o estudante.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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