Tornozeleira é ferro de gado de culpado, diz magistrado que liberou Geddel

Autor da decisão judicial que autorizou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) a cumprir prisão domiciliar, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), disse que a tornozeleira eletrônica virou no Brasil um “símbolo indelével de culpado”, como um “ferro de gado”.

“Ocorre que a leitura difusa do senso comum passou a ver na tornozeleira um símbolo, um ferro de gado, uma marca indelével de culpado. Algo como as placas que a Santa Inquisição impunha aos hereges para que desfilassem admitindo a culpa reconhecida pela Igreja”, afirmou o magistrado, ao portal G1.

Bello ainda comentou as críticas da sua decisão de autorizar Geddel a ficar em prisão domiciliar. Eledisse que fez uma análise “técnica” do caso.

“A prisão domiciliar de Geddel foi rechaçada pelo senso comum, pelo desejo da população pelo encarceramento, e não por ser contrária à lei e ao direito”, completou.

Fonte: bahia.ba