Temer enquadra siglas aliadas para aprovar reformas

A cúpula do governo de Michel Temer (PMDB) resolveu endurecer e cobrar dos ministros governistas e da base aliada que enquadrem suas bancadas e contenham a rebelião contra as reformas em trâmite no Congresso. A moeda de troca nas negociações são os cargos. Ao que parece, o jogo mais duro do Planalto já redeu resultado, na noite desta quarta-feira (19), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) colocou novamente em votação a urgência para apreciação do projeto da reforma trabalhista. Dessa vez, o resultado obtido foi diferente e a a base votou com o governo e conseguiu que o projeto vá direto para a votação em plenário.

As cartas estão postas, os parlamentares que desrespeitarem a ordem correm risco de punição. O PMDB é o primeiro a dar o exemplo. Alheio as críticas de atitude antidemocrática, o presidente da sigla no Senado disse ao jornal o Estado de São Paulo que “Fechar questão é um instrumento legítimo para o partido marcar posição”.

Os conselheiros de Temer observam que, com a estratégia, os parlamentares poderão dizer aos eleitores que foram obrigados a seguir diretriz do partido para aprovar as mudanças na aposentadoria. O desejo de aprovação das reformas é tamanho que dos 28 ministros, os 12 que são deputados licenciados podem voltar ao posto para as votações.

Na lista dos “traidores contumazes” do Planalto estão PSB, PRB e PPS, embora o próprio PMDB e o PSDB também tenham se mostrado infiéis. A pressão sob eles será maior.

Fonte: bahia.ba

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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