Site ajuda quem quer comprar produtos no exterior sem viajar

compras

Quem nunca pediu para um amigo que vai viajar ao exterior um produto importado com o intuito de economizar com fretes e até impostos? O problema é que, além da possível demora em encontrar alguém que vá viajar ao local onde o produto é vendido, ainda há o risco de o viajante não ter espaço na mala para trazer a encomenda.

O site Grabr, criado no ano passado em Moscou e com escritório em São Francisco, pretende acabar com esse problema ao unir viajantes e consumidores que buscam gastar menos com produtos importados.

Quem deseja que um usuário do site traga produtos lá de fora deve postar o pedido no site, apontando as características do produto e quando gostaria de recebê-lo. Também é necessário definir um valor que será dado como comissão ao viajante por comprar e transportar o produto. Depois, basta aguardar o contato de quem tem viagem marcada para os lugares onde o produto é vendido.

Apesar de o consumidor sugerir o preço que quer pagar como comissão, cada viajante pode anunciar a sua oferta: basta que o usuário aceite a que for mais adequada.

O Grabr torna a escolha mais segura ao permitir que usuários avaliem viajantes e consumidores. O site também oferece um serviço de mensagens para que consumidores e viajantes tirem eventuais dúvidas, que serve como prova dos acordos feitos pelo site.

No topo de produtos pedidos no Grabr estão os iPhones 6 e 7, além de outros smartphones e eletrônicos. Roupas de bebês, medicamentos e bicicletas também aparecem entre os produtos pedidos no site, que tem apenas uma versão em inglês.

Pagamento

A partir do momento em que o comprador aceita que um viajante compre e entregue o produto, deve combinar quando e onde o item será entregue.

A cobrança do valor da compra é feita pelo Grabr assim que o consumidor confirma a preferência pela oferta de um determinado viajante, mas o pagamento somente é liberado quando o consumidor confirma a entrega da encomenda e que o produto está em boas condições.

O Grabr aceita pagamentos com cartões Visa e Mastercard e também via Pay Pal. Para intermediar as transações, cobra taxa de 7% sobre o valor da compra.

Caso o produto não seja entregue, usuários devem entrar em contato com o suporte do Grabr para ter o dinheiro de volta.

É possível desistir da compra após aceitar a oferta de um viajante desde que o produto ainda não tenha sido comprado por ele. Nesse caso, a taxa de administração cobrada pelo site será subtraída do valor pago.

Para quem vai viajar

Quem busca ganhar um dinheiro extra no Grabr ao comprar e levar produtos a consumidores de diversos países deve se cadastrar como viajante no site e colocar a data e destino da viagem para, automaticamente, começar a receber notificações de pedidos que podem ser adquiridos ou entregues no destino escolhido.

É necessário ter cautela ao propor o valor da comissão para que a compra pelo site ainda valha a pena para o consumidor. Produtos mais pesados e difíceis de encontrar, por exemplo, tornam o frete mais valioso, o que permite cobrar mais pelo serviço. Consumidores de São Paulo, Buenos Aires e do Rio de Janeiro estão entre os que pagam as maiores comissões aos viajantes, de acordo com o próprio Grabr.

O pagamento por compras entregues a usuários do site é feito pelo Grabr por meio de transferências realizadas pelo sistema de pagamentos Pay Pal. O dinheiro cai na conta do viajante três dias após a confirmação da entrega do pedido. Recebido o valor, ainda é necessário transferir os créditos recebidos no Pay Pal para uma conta no banco, o que leva mais três ou quatro dias.

Cuidados

O Grabr aconselha a consumidores que adicionem custos com impostos à taxa de comissão paga aos viajantes, enquanto recomenda aos viajantes que verifiquem se o embarque do produto no país de destino não seja proibido, bem como se há a possibilidade de pagamento de impostos na entrada do país.

Apesar de ser possível que a compra fique dentro dos limites de isenção da cobrança de impostos para bagagens, segundo as regras da Receita Federal ou do país de destino, o site pode pedir ao consumidor para que pague o valor do imposto caso o viajante seja surpreendido com a cobrança de alguma taxa ao entrar com a compra no país.

Fonte: Exame

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo