SECOM confunde direito de resposta com contestação à matéria publicada no Alagoinhas Hoje
Ontem, o Alagoinhas Hoje publicou matéria oriunda da Assessoria de Imprensa do deputado estadual Joseildo Ramos (PT).
Em um parágrafo da matéria, a assessoria de imprensa do deputado diz o seguinte: “Com dificuldades na área, a realidade de Alagoinhas foi discutida pelo deputado Joseildo Ramos (PT) com o ministro da Saúde Alexandre Padilha e o secretário estadual Jorge Solla. “Vamos tentar ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance para que a população tenha o direito garantido de ser atendida com rapidez e qualidade”, destacou Joseildo”.
No release não constam afirmações do deputado atribuindo a si a vinda dos médicos para Alagoinhas.
Ele apenas anunciou o fato.
Sem ser citada na matéria, a Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio da Secretaria Municipal de Comunicação, solicitou ao Alagoinhas Hoje, em correspondência eletrônica enviada ao e-mail pessoal do editor do site, direito resposta.
A administração municipal não foi citada e nem tão pouco ofendida, portanto, não cabe direito de resposta conforme solicitado.
A lei é clara: “Se toda a matéria for ofensiva ou errônea terá o ofendido o direito de resposta proporcional ao dano, que, no caso, terá a dimensão (mídias escrita ou internet) ou a duração (mídias televisiva ou radiofônica) da matéria.
A SECOM confundiu de maneira amadora direito de resposta com a contestação ao texto originário do gabinete do deputado estadual.
Não cabe, em hipótese alguma, direito de resposta a ser concedido pelo site.
Para quem lida com a área de comunicação é fundamental saber diferenciar direito de resposta de outros instrumentos utilizados para repor a verdade e defender pessoas/instituições porventura atingidos levianamente.
Não foi o caso na matéria publicada ontem pelo Alagoinhas Hoje.
Uma releitura mais atenta do texto evitaria esta barrigada (jargão jornalístico).