Salvador e RMS registram média de seis homicídios por dia

Foto: Alberto Maraux/ SSPCom um total de 176 homicídios em 28 dias, o mês de fevereiro registrou uma média de seis assassinatos diários em Salvador e Região Metropolitana. Em relação ao mesmo período do ano passado, não houve alteração: os números são exatamente iguais, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado da Bahia.

Na capital, a maioria dos homicídios (59) está concentrada no Miolo Central, região que abrange todas as Cajazeiras, além dos bairros de Pau da Lima, Águas Claras e São Cristóvão, entre outros. O Subúrbio Ferroviário – que já despontou como área mais violenta de Salvador – registra retração nos números e, em fevereiro, contribuiu para a estatística com 11 ocorrências: Periperi e Lobato, com três assassinatos cada, lideram o ranking, seguidos de Coutos (2) e Rio Sena (2). Em Itacaranha, houve um caso.

Os outros 36 homicídios que tiveram a capital como cenário estão pulverizados por toda a cidade. Itapuã e Liberdade, cada um com quatro casos, seguidos de Candeal, com três, foram os bairros em que houve maior concentração de mortes violentas no mês.

Com 24 assassinatos – o equivalente a 34% dos 70 casos de toda a RMS – Camaçari e seus distritos se destacam no ranking na região. Em seguida, vêm Dias D’Ávila (12) e Simões Filho (11).

Carnaval – Entre os homicídios registrados em fevereiro, dois estão associados diretamente ao Carnaval de Salvador. e ocorreram no Circuito Dodô (Barra-Ondina). O primeiro teve como vítima Luiz Alberto Pinheiro dos Santos, de 39 anos, e como autor o sargento da Polícia Militar José Eduardo Neves Rodrigues. As circunstâncias do crime estão sob investigação. Inicialmente, foi divulgada a versão de que o policial teria atirado em revide a um murro recebido; horas depois, a SSP-BA divulgou que o PM teria reagido a uma tentativa de roubo.

O segundo caso também é controverso. Chegou a ser noticiado que a morte de Jailton dos Santos, de 34 anos, teria sido decorrente de uma confusão durante a passagem de um trio elétrico. O autor é um adolescente, apreendido logo após o homicídio. Mas, novamente, a SSP-BA entrou em cena e informou que o crime teria sido resultado de uma briga entre facções, cuja origem remonta a situações alheias à folia.

Na verdade, para as autoridades, o que parece mais difícil é lidar com o fator imponderável. Foram investidos R$ 43,5 milhões (em pessoal, tecnologia e infraestrutura) e mobilizado um efetivo superior a 25 mil profissionais, entre policiais civis, militares e técnicos e bombeiros militares. Tudo para garantir que a festa seria perfeita. Faltou combinar com a violência, que parece estar acima de qualquer previsão.

Fonte: bahia.ba/Foto: Alberto Maraux/ SSP

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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