Renda média do 1% mais rico cresce 10% e passa de R$ 18 mil

Os dados do PNAD 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram como se define o 1% brasileiro.

Entre os 1% com os rendimentos de trabalho mais elevados, a renda média foi de R$ 18.889 em 2012, ante R$ 17.048 em 2011 – um crescimento de 10,8%.

Já o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas entre os 10% com rendimentos mais baixos foi de R$ 202,00 em 2011 e subiu para R$ 215,00 em 2012 – aumento de 6,4%.

O rendimento dos mais ricos foi, portanto, 87 vezes maior do que o dos mais pobres em 2012, contra uma relação de 84 vezes em 2011.

O Índice Gini de rendimento do trabalho, no entanto, manteve a tendência de queda e foi de 0,501 para 0,498. O valor vai de 0 (perfeita igualdade) até 1 (desigualdade máxima).

O Índice Gini do rendimento médio mensal real de todas as fontes continuou em 0,507. O Índice Gini do rendimento domiciliar caiu ligeiramente, de 0,501 para 0,500.

O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos de pessoas de 15 anos ou mais foi de R$ 1.507 em 2012, um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. O crescimento maior foi entre os trabalhadores domésticos com carteira assinada: 10,8%.

Em termos proporcionais, o rendimento das mulheres foi o equivalente a 72,9% dos homens, uma ligeira piora em relação aos 73,7% de 2011.

De um total da população em idade economicamente ativa de 100,1 milhões, 65,9% estavam na força de trabalho em 2012, uma ligeira queda em relação aos 66,2% de 2011.

Enquanto isso, caiu em 156 mil pessoas o contingente de crianças e adolescentes que trabalham. A taxa de ocupação das pessoas de 5 a 17 anos de idade foi de 9,8% em 2009 para 8,6% em 2011 e 8,3% em 2012.

Isso equivale atualmente a 3,5 milhões de trabalhadores – a vasta maioria (3 milhões) na faixa entre os 14 e 17 anos.

Emprego

62,1% dos brasileiros ocupados são empregados, 20,8% trabalham por conta própria e 6,8% são trabalhadores domésticos. Apenas 3,8% dos brasileiros ocupados são empregadores, o equivalente a 3,6 milhões de pessoas.

O restante é de trabalhadores não remunerados, que produzem para o próprio consumo ou na construção para próprio uso.

1,1 milhão de novos empregos foram criados com carteira de trabalho assinada no setor privado em 2012, um crescimento de 3,2% que levou o total para 35 milhões.

Já o contingente de pessoas “desocupadas”, aquelas sem trabalho mas que tomaram providência efetiva para conseguir um, foi de 6,2 milhões em 2012 – uma queda de 7,2% em relação ao ano anterior. Deste total, 57,8% são de mulheres e 59,9% são de pretos e pardos.

Setores

Os setor de serviços lidera de longe entre os que mais empregam, responsável por 45,2% dos ocupados, seguido pelo comércio e reparação, com 17,8%.

As atividades agrícolas perderam 5,4% do seu contingente de trabalhadores de 2011 para 2012 – o equivalente a 756 mil pessoas.

Enquanto isso, a construção manteve sua trajetória de crescimento e ganhou 435 mil novos trabalhadores em 2012, chegando a um total de 8,2 milhões.

O maior crescimento, no entanto, foi o da indústria, que aumentou sua participação na população ocupada de 13,5% em 2011 para 14% em 2012.

Fonte: Exame

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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