Queixa dos prefeitos na guerra à Covid, a desobediência do povo

Ricardo Mascarenhas (PP), prefeito de Itaberaba, já decretou lockdown, mantém restrições, com o toque de recolher há mais de 15 dias, e diz que tem tido apoio do governo, como 10 leitos de UTI e 20 clínicos. E aí está ganhando ou perdendo a guerra contra a Covid?

– Empatando. O meu grande problema aqui é o povo, que não ajuda. Todos os dias vou ao rádio, faço lives, peço que fique em casa, mas uma parcela da população resiste.

Ele tem lá hoje 435 registros, 224 casos ativos e 196 curados, mais 11 óbitos. Ele também é candidato à reeleição e, por consequência, está de olho nas urnas, onde deve enfrentar o tio e ex-padrinho João Filho (PL), mas diz não estar ligado nisso:

– Minha campanha é contra a Covid, salvar vidas.

Desobediência — Esse painel, o povo sem obedecer, não em festas ou aglomerações comemorativas, mas no ir e vir do dia a dia, é generalizado, ficou evidente nas videoconferências que Rui Costa tem feito com prefeitos dos quatro cantos da Bahia.

Rui prometeu reforço policial em alguns casos, pediu a manutenção do toque de recolher, mas ninguém sabe onde vai dar a guerra. Em São Paulo, o governador João Doria recebeu até ameaça de desobediência civil e acabou flexibilizando. Isso tem tudo a ver com a Bahia: muitos baianos estão voltando de São Paulo em transportes clandestinos e infectando cá.

A Covid já chegou a 397 dos 417 municípios baianos. Ainda está ativo em 359 e registra óbitos em 205.

Fonte: Coluna de Levi Vasconcelos|A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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