Produção industrial baiana apresenta quedas históricas

A produção industrial baiana teve uma queda história de 26,5% em abril, em relação ao mesmo período do ano anterior e de 24,7%, em relação ao mês de março, de acordo dados divulgados nesta terça-feira, 9, pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este foi o maior recuo da indústria baiana desde 2002 e de acordo com o IBGE, resultados refletem os efeitos do isolamento social para combater a pandemia, com a paralisação ou redução expressiva das atividades em várias unidades produtivas.

A queda de produção baiana foi maior que a nacional, que foi de 18,8% de março para abril. As maiores retrações foram no estado do Amazonas (-46,5%) e Ceará (-33,9%). Já no Pará (4,9%) e em Goiás (2,3%), a indústria voltou a crescer, após as quedas verificadas na passagem de fevereiro para março.

O estado da Bahia teve a quinta maior retração. Ainda segundo o IBGE, nos 12 meses encerrados em abril, a produção industrial baiana também se mantém no negativo (-2,5%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores.

De acordo com a pesquisa, o recuo refletiu quedas tanto na indústria de transformação (-26,6%) quanto na indústria extrativa (-24,9%). Na Bahia, das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente, apenas 3 tiveram resultados positivos: fabricação de celulose, papel e produtos de papel (5,6%), fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,2%) e a indústria alimentícia (1,8%).

Das 8 atividades industriais com queda na produção no estado, o principal impacto negativo veio da indústria automobilística, em que a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu expressivos 97,2% frente a abril de 2019. Foi o maior recuo no mês e a maior contribuição para o resultado negativo em geral.

A queda na produção automobilística foi decisiva também para o recuo na fabricação de produtos de borracha e material plástico (-67,6%), que teve a terceira maior retração e o segundo principal impacto negativo na indústria da Bahia, em abril.

Já  as três atividades industriais em alta na Bahia, que são derivados de petróleo, celulose e alimentos, sustentam resultados positivos desde janeiro deste ano, embora tenham mostrado redução no ritmo de crescimento da produção em abril.

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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