Primeira sexta-feira do ano tem missas lotadas no Bonfim

Milhares de fiéis se reuniram, nesta sexta-feira, 6, em frente à Basílica Santuário do Senhor do Bonfim, na Cidade Baixa, em Salvador, para garantir um 2017 abençoado. A primeira sexta-feira do ano é tradicionalmente celebrada com festa e muita fé na capital baiana.

Repleto de pessoas vestidas de branco – entre devotos e turistas –, o largo do Bonfim se tornou uma extensão da igreja, com a realização de missas ao ar livre para comportar o público presente.

Ao todo, foram 12 cerimônias foram celebradas, nos seguintes horários: 5h, 6h, 7h, 8h, 9h, 10h, 11h, 12h, 14h, 15h, 17h e 18h30.

A segunda missa foi presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger. Após esse horário, às 19h, houve a continuação do novenário ao Senhor do Bonfim.

Para a comerciante Maria Neuza de Jesus, vir à Basílica na primeira sexta-feira do ano é uma questão de agradecimento e consagração.

“Sou devota há oito anos. Eu pedi uma graça a ele e alcancei. Desde então, venho toda primeira sexta-feira”, conta Maria.

Ela estava em companhia do neto de 4 anos, enquanto fazia os pedidos para 2017. “Hoje, estou pedindo paz, saúde, felicidade, emprego e um ano de prosperidade para todos nós”, diz.

Solidariedade

Já Denise Ribeiro é voluntária do projeto Bom Samaritano há seis anos, mas sua fidelidade ao Senhor do Bonfim vem da infância. “Sou devotíssima do Senhor do Bonfim. Sem ele a minha vida, realmente, não é nada”, afirma.

“Sempre frequentei a Basílica do Bonfim. Ouvindo o apelo do padre Edson para vim ajudar, me senti chamada e todos os anos estou aqui na última e na primeira sexta-feira. Me sinto gratificada, porque muito mais recebo do que dou”, diz a fiel, que também tem anseios para este ano.

“Eu tenho pedido ao Senhor do Bonfim um ano mais tranquilo e mais propício aos brasileiros já que 2016 foi muito difícil para o país. Que tudo isso venha acompanhado com muita saúde e paz”, conclui.

Associação religiosa

Em meio às manifestações de fé, dessa tradição – que segundo a Arquidiocese de Salvador é cultivada há mais de dois séculos – a associação religiosa com o candomblé se destaca como uma das marcas dessa festa popular em Salvador.

“Já tem dez anos que sou do axé. Tem sete anos que fui iniciada”, conta Maria Nilza de Jesus Santos, do terreiro Oyá Geberê, no bairro de Vista Alegre.

“Me sinto realizada, forte e feliz em poder dar uma palavra amiga e ajudar as pessoas”, afirma Maria que costuma vir aos festejos do Bonfim para abençoar quem visita o local.

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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