Polícia investigará suspeita de lavagem de dinheiro em empresas de casal acusado de tráfico de armas

Investigações que resultaram na operação da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam para a suspeita de lavagem de dinheiro nas empresas de Anderson Luiz Miguel e sua esposa, Tatiana do Nascimento Rodrigues. Segundo o diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, Pedro Medina, as duas empresas dos suspeitos de envolvimento com tráfico de armas podem funcionar como fachadas.

— A gente vai instaurar um inquérito de lavagem de dinheiro para determinar como ele viabilizou esses negócios da empresa de material de construção e de importação e exportação. Ele era um traficante e veio pra cá e virou empresário. Como ele montou isso? A priori, com origem delituosa — explica.

De acordo com a Polícia Civil, o casal vive há 5 anos no Rio e tem um loja de importação e utilidades no Méier, na Zona Norte da cidade, e uma empresa de construção. Os dois moraram em condomínios de luxo na Barra da Tijuca. O homem, identificado inicialmente sob a identidade falsa de Anderson Alves da Silva, foi chefe do tráfico na região do Pontal do Paraná e assumiu nova identidade ao se mudar para o Rio, em 2017.

Ele é apontado como chefe do esquema, segundo a PRF, e dava as ordens para o transporte de armas e munições ilegais, saídas de Paraná e de Santa Catarina com destino ao Rio de Janeiro. De acordo com o chefe de comunicação da Superintendência da PRF, Marcos Aguiar, o suspeito chegou a ser abordado por agentes na região de São Gonçalo no último domingo, de forma sutil, para que o trabalho de investigação não fosse atrapalhado. No dia da primeira abordagem, ainda não havia subsídio para que fosse realizada a prisão.

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

Menu de Topo