PMDB e PP aguardam cargos para continuar a votar ajuste
Continuará alto o grau de dificuldade para o governo aprovar as medidas do ajuste fiscal no Congresso Nacional. Os peemedebistas deixaram claro que só continuarão a apoiar as medidas do ajuste na Câmara se cargos forem liberados. O PP também exige postos no Executivo para voltar a votar com o Palácio do Planalto.
Apesar da grande base numérica na Câmara e no Senado, há uma enorme insatisfação que reduz a quantidade de aliados realmente fiéis ao governo.
A saída do vice-presidente da República, Michel Temer, o responsável pela articulação política, é entregar as nomeações de segundo e terceiro escalão prometidas aos aliados e cobrar mais empenho do PT.
A vitória na votação da medida provisória 665, que endureceu as regras para o seguro-desemprego, só foi possível porque Temer obteve votos de oposicionistas. Diante da repercussão no campo da oposição, será difícil que essa ajuda se repita. Esses opositores estão sendo cobrados a não socorrer mais o governo.
Já o PT, na prática, deu 10 votos contra o ajuste na apreciação da MP 665. Um deputado votou contra no plenário, mas nove se ausentaram da sessão. Portanto, o partido será cobrado por mais empenho.
No Senado, há o fator Renan Calheiros. O presidente da Casa continua insatisfeito com o governo. Será preciso restabelecer uma boa relação com Renan. Do contrário, poderá haver surpresa negativa no ajuste fiscal e na aprovação em plenário do advogado Luiz Edson Fachin, indicado pela presidente Dilma Rousseff para a vaga que foi de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Blog do Kennedy