Petroleiras põem Brasil em segundo plano

Embora detenha as maiores descobertas de petróleo e gás dos últimos anos, como os campos de Libra e Lula, o Brasil não é visto como estratégico para o crescimento de gigantes privadas como ExxonMobil, British Petroleum (BP), Chevron e Eni, que decidiram ficar de fora do primeiro leilão para exploração da região do pré-sal. Levantamento nos planos estratégicos das quatro empresas – todas do rol das 15 maiores petrolíferas do mundo, por seu valor de mercado, ranqueadas pela consultoria internacional PFC Energy, com base em informações de seus sites – mostra que o Brasil não está nas rotas principais de seus investimentos.

No lugar, estão áreas no Golfo do México (EUA), Canadá, África Ocidental, China, Austrália, Rússia e na região do Ártico. Na quinta-feira, o governo federal foi surpreendido pelo baixo número de inscritos para o primeiro leilão do pré-sal, do prospecto de Libra. Inicialmente, esperava-se que 40 empresas se habilitassem, mas só 11 se inscreveram.

Chamou a atenção a ausência da ExxonMobil, maior petrolífera do mundo, da Chevron, a quarta maior, da BP, a sétima, e da British Gas (BG), parceira da Petrobrás no campo de Lula, do pré-sal. Segundo especialistas do setor, por trás dessa competição geográfica estão fatores como o longo hiato no processo de licitações para áreas de exploração no País, enquanto o novo contrato de partilha do setor era discutido; as dúvidas do setor privado em relação às novas regras para o pré-sal; e as mudanças provocadas pela exploração do gás de folhelho, chamado em inglês de “shale gas”, às vezes traduzido como “gás de xisto” e também conhecido como “gás não convencional”.

Fonte: Agência Estado

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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