Peemedebistas comparam crise atual à desvalorização de 1999

Para um grupo de políticos do PMDB, a atual crise do governo Dilma Rousseff é semelhante ao cenário da desvalorização do real em 1999, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso enfrentou dificuldades econômicas e foi acusado de estelionato eleitoral.

Na avaliação desses peemedebistas, a entrevista da presidente à Folha de S. Paulo, divulgada nesta terça-feira, foi muito emocional. Para eles, Dilma deveria ter comparado o atual cenário político ao segundo mandato do ex-presidente FHC.

Aos jornalistas da Folha, Dilma disse que a oposição era “um tanto quanto golpista” e que ela não cairia e não renunciaria ao cargo. Apegada à sua biografia, a presidente apostou na imagem de mulher honesta. Afirmou que nunca recebeu um tostão irregular e que não se envolveu com corrupção na Petrobras. Desafiou a oposição a provar o contrário.

O PT gostou da entrevista, porque Dilma saiu da defensiva. Ela subiu o tom e chamou os opositores para a briga.

Já o PSDB rebateu a acusação de golpismo, declarando que a presidente teria demonstrado desespero e arrogância. Os tucanos apostam que surgirá um fato político ou jurídico para sustentar o impeachment da petista.

A presidente se reuniu ontem à noite com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Aconselhada pelo vice-presidente Michel Temer, Dilma quer melhorar o diálogo com o PMDB, porque sabe que o apoio do partido é fundamental para barrar um eventual pedido de impeachment.

O presidente da Câmara disse no início da noite que a palavra final sobre as pedaladas fiscais seria do Congresso e que, para ele, contas do mandato passado não justificariam o impedimento de Dilma.

Fonte: Blog do Kennedy

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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