Pastor que apoia Lula é atacado por líderes evangélicos e deixa cargo em igreja

O pastor Sergio Dusilek, do Rio de Janeiro, vai renunciar à presidência da Convenção Batista Carioca. Ele tomou a decisão depois de sofrer ataques de outras lideranças evangélicas, que o criticaram por ter participado de um ato de apoio à campanha de Lula (PT) para a Presidência da República. Livros de sua autoria chegaram a ser queimados por outros religiosos.

O ato, na sexta (9), foi organizado pela coordenação dos evangélicos do PT. Ao discursar, Dusilek afirmou que “este país não aguenta mais quatro anos com esse presidente nefasto que aí está [Jair Bolsonaro]”. Afirmou ainda, dirigindo-se a Lula, que “o melhor tempo para a igreja brasileira que essa terra já viu foi no tempo de seu governo”. E disse que “a Igreja Evangélica tem que pedir perdão ao senhor”.

A reação às falas de Dusilek foi imediata: a Convenção Batista Brasileira e algumas estaduais emitiram notas contra o pastor, e outros religiosos começaram a pressionar para que ele fosse destituído e até mesmo expulso da Convenção Batista Carioca.

“Estou sofrendo ataques e sendo alvo de uma política de cancelamento”, diz ele. “Decidi renunciar para não prejudicar os trabalhos da convenção”, diz.

Nem mesmo os pais do religioso –o pastor Darci Dusilek, que presidiu a Convenção Batista Brasileira, e Nancy Dusilek, que foi vice-presidente da organização– foram poupados nos ataques.

Fonte: Folha de São Paulo

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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