Partido Novo aposta na rejeição do eleitor à “velha política”

O empresário e pré-candidato à presidência da República, João Amoedo, fundador do partido Novo, disse para A Tarde pouco antes de palestrar em evento da legenda, na noite desta quinta-feira, 17, na Casa do Comércio, em Salvador, que o cenário eleitoral deste ano está favorável para pré-candidatos que representem a renovação do que chama de “velha política” – práticas de mau uso do dinheiro público que, de acordo com pesquisa realizada pelo partido, têm sido rechaçadas pelo eleitor.

Com discurso de zero uso de dinheiro público para campanha eleitoral (rejeitando fundos eleitoral ou partidário), o Novo aposta em ocupar cadeiras na Câmara Federal e está consolidando pré-candidaturas a deputado federal nos estados. Na Bahia são 14 pré-candidatos. E aposta em projeção do nome de Amoedo.

“Lá atrás , há um ano e meio, a nossa ideia era colocar candidatura para marcar território. Mas vendo o cenário que foi se formando e o cenário que se tem hoje, nós estamos otimistas porque ninguém quer nada em relação a velha política. As pessoas querem renovação. E a gente representa um antagonismo em relação à velha política: nos nomes, nas práticas, nos valores”, disse Amoedo. O desafio, destaca, seria tirar o Novo e seu nome do anonimato. O Novo terá 20 segundos diários para campanha de rádio e TV. Mas a aposta maior será nas redes e mídias digitais.

O resultado da pesquisa qualitativa realizada pelo Novo em todos os estados do País, a partir de entrevistas com grupos de 40 pessoas que buscaram diagnosticar o ânimo do eleitorado, revela demanda da população por novos nomes e práticas da política.

Mas, não só isso, revelou que o eleitor coloca no mesmo patamar de falta de confiança os nomes de outros pré-candidatos já colocado como o do presidente Michel Temer (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e até mesmo Ciro Gomes (PDT). “Para o eleitor o Ciro não é visto como novidade ou candidato de esquerda”, disse o presidente nacional da legenda, Moisés Jardim, que esteve no evento.

Cenário

O ex-presidente Lula, que pontua na frente com 32% na últimas pesquisas, está prestes a ser vetado pela Justiça Eleitoral para disputar as eleições; aliado a isso, mais de 40% do eleitorado soma votos brancos, nulos ou estão indecisos. O Novo acredita que pode crescer nesse vácuo. Para Moisés Jardim, a preferência por Jair Bolsonaro (PSC), neste momento, representa voto de protesto mais conservador, que tende a migrar para o candidato com propostas mais novas e coerentes.

“O que eu acho que vai acontecer é a aglutinação de candidatos, alguns vão migar para candidatura para o Legislativo. Vai haver afunilamento. O Novo vai se manter coerente com suas propostas e isso vai fazer com que cresça durante o processo eleitoral”, acredita João Amoedo.

 

Fonte: A Tarde

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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