Para Kassab, “distritão” enfraquece partidos e ameaça democracia

Ministro das Cidades e presidente licenciado do PSD, Gilberto Kassab afirma que “o distritão enfraquece os partidos políticos” e seria “perigoso para a democracia”. Para Kassab, se aprovado, ele daria início a “um processo de desgaste ou eliminação da política na condução das coisas públicas”.

O “distritão” é um dos pontos da reforma política. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apoia o mecanismo e pretende colocar em votação. O vice-presidente da República, Michel Temer, também o defende. É uma bandeira do PMDB.

O “distritão” mudaria a forma como são eleitos os deputados federais. Os Estados passariam a ser distritos, nos quais seriam eleitos os mais votados até o preenchimento da vaga de deputados federais de cada Estado. Por exemplo, em São Paulo, seriam eleitos os 70 mais votados.

Hoje, a eleição para o Legislativo se dá pelo voto proporcional. Soma-se a quantidade que um partido ou uma coligação recebeu, divide-se esse montante pelo quociente eleitoral e se chega a um número de vagas. Essa regra permite o chamado “efeito Tiririca”, no qual um puxador de votos traz junto deputados que não atingiriam o quociente eleitoral (mínimo exigido para obter uma vaga).

Criador do PSD e articulador de um novo partido, o PL, Kassab é a favor da proibição de coligações proporcionais _aliança entre partidos para eleger deputados federais na qual se soma o total de votos que recebem para esses postos. Ele crê que essa regra seria melhor do que instituir o “distritão. O ministro das Cidades também defende a manutenção da reeleição, apesar de afirmar que respeita quem deseja o fim da recondução.

Na avaliação de Kassab, a tendência é a manutenção da polarização entre PT e PSDB na disputa presidencial de 2018. Ele não vê espaço para uma terceira via. Acredita que os tucanos têm três nomes: o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, o governador Geraldo Alckmin (SP) e o senador José Serra (SP).

Kassab afirma que Lula será um candidato “forte” se decidir concorrer na próxima eleição presidencial.

Sobre o corte de gastos no Orçamento Geral da União de 2015, que atingiu em cheio a pasta das Cidades, Kassab admite “deslizamento quanto ao cronograma de investimentos”. Ou seja, vai contratar menos neste ano, mas afirmou que a meta até 2018 do programa “Minha Casa, Minha Vida” será cumprida.

Kassab deu entrevista ao SBT na manhã de sexta, em São Paulo, poucas horas antes do anúncio oficial do corte de gastos.

PINGUE-PONGUE

Luiz Edson Fachin: Será um grande ministro.

Eduardo Cunha: Muito inteligente.

Renan Calheiros: Muito experiente.

Rodrigo Janot: Uma pessoa correta.

Sérgio Moro: Está se consolidando como um grande líder do país.

Joaquim Barbosa: Uma pessoa respeitada.

Aécio Neves: Um grande político.

José Serra: Um grande político e um grande administrador.

Geraldo Alckmin: Um bom administrador.

Cid Gomes: Um bom político.

Marina Silva: Uma líder com bastante carisma.

Lula: Um grande líder.

Fernando Henrique Cardoso: Um grande líder. Foi um grande presidente.

Dilma Rousseff: Uma grande líder. Uma mulher de muito valor, de muita coragem e que merece o respeito de todos brasileiros. Eu tenho muito respeito por ela.

Gilberto Kassab: Um modesto servidor.

Fonte: Blog do Kennedy

 

Maurílio Fontes

Proprietário, jornalista, diretor e responsável pelo Portal Alagoinhas Hoje

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